Grande varejo brasileiro faturou mais de R$ 1 tri em 2022, diz SBVC
Digitalização contribuiu com crescimento acelerado do setor em ano que representou salto de R$ 153 bilhões a mais no faturamento
As 300 maiores empresas do varejo brasileiro tiveram em 2022 um faturamento bruto de R$ 1,046 trilhão, segundo dados do ranking “300 maiores empresas do varejo brasileiro”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo). O valor total representa um crescimento de R$ 153,6 bilhões sobre o ano anterior.
Na análise da SBVC, os resultados obtidos pelas maiores empresas do setor demonstram uma recuperação pós-pandemia acelerada do grande varejo, atrelada ao aumento da digitalização do setor, garantido mais agilidade e flexibilidade às empresas. Segundo o estudo, o número de empresas com e-commerce em operação subiu de 162 para 222 nos últimos três anos.
“Na base de empresas deste Ranking, 74% vendem online, índice que sobe para 91% nas empresas de segmentos não-alimentares. A diversificação de canais e modalidades de venda também foi consolidada, com 85 das 300 empresas realizando vendas por WhatsApp e 27 operando marketplaces proprietários”, ressalta Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente da SBVC.
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Do ranking avaliado pela SBVC, o Carrefour lidera a lista, com um faturamento bruto de R$ 108 bilhões – e é a primeira empresa do varejo brasileiro na história a ultrapassar a marca dos R$ 100 bilhões em vendas anuais. As 5 maiores empresas do Ranking (Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Via e Americanas) somaram um faturamento de R$ 285,9 bilhões, ou 27,33% do faturamento das 300 maiores e 10,95% do faturamento total do Varejo Ampliado brasileiro.
Ainda segundo a SBVC, as dez maiores empresas de varejo responderam por 38,25% do faturamento total das empresas listadas no Ranking, somando R$ 400 bilhões. Já setor com maior número de empresas é o de supermercados, com 152 representantes, dos quais quatro estão no top 10 do varejo.
Diversidade e inclusão
A edição de 2023 do ranking revela que as empresas apresentaram o que considera como bons índices de diversidade, apesar das amostras limitadas (71 empresas forneceram dados sobre participação de mulheres e 55 sobre pretos e pardos).
De acordo com o estudo, a participação feminina representa 56% dos colaboradores e, no caso de pretos e pardos, 54%, para as empresas que reportaram os números.
No entanto, o desafio é conseguir levar a diversidade para níveis de liderança: 84% das empresas possuem mais de 30% de cargos de liderança ocupados por mulheres, mas apenas 44% possuem mais de 50%. Para membros do Conselho, 23% das empresas possuem mais de 30% das posições ocupadas por mulheres e 6% têm mais de 50%.
No caso de pretos e pardos a distância é maior: 51% das empresas têm mais de 30% dos cargos de liderança ocupados por pretos e pardos – e 24% têm mais de 50%.
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