Tecnologias disruptivas estão entre os principais desafios dos líderes na América Latina, diz EY

Mais de um terço dos executivos no Brasil veem a transformação digital e a inovação como desafios de negócio, segundo estudo da EY

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5:05 pm - 13 de setembro de 2023
Tecnologias EY Imagem: Shutterstock

A incorporação de tecnologias disruptivas aos negócios tem preocupado os executivos brasileiros e latino-americanos conforme avançam suas jornadas de transformação digital. Uma nova pesquisa realizada pela EY revelou que 40% dos executivos ouvidos veem o tema como seu maior desafio externo de negócios para os próximos três anos. O cenário econômico global (45%) e as incertezas políticas (40%) também figuram entre os principais obstáculos, ao lado do aumento dos custos e dos preços das matérias primas (31%) e entradas de novos concorrentes local e global (28%). O estudo “Desafios e Tendências das Empresas em Latam 2023” ouviu cerca de mil executivos de altos cargos em 18 países, incluindo o Brasil.

Em específico, no Brasil, os desafios das empresas estão relacionados a melhorias operacionais, produtividade e custos (46%); crescimento da participação no mercado (36%) e tecnologia e transformação digital (33%). Em quarto lugar vem inovação (32%) e, em quinto, estratégia e transformação de negócios (31%).

Empresas à prova de futuro

O estudo revela que as empresas possuem um caminho importante a ser percorrido: 51% das lideranças dizem ter um modelo de negócios que lhes permite enfrentar a situação atual e os desafios futuros e 40% apontam o mesmo em relação ao seu modelo operacional. Em toda a amostra, 56% dos respondentes afirmam que o seu modelo de negócios está preparado e 49% dizem o mesmo em relação ao seu modelo operacional.

Em relação às tendências globais mais importantes para as indústrias, nos próximos três anos, as companhias brasileiras estão colocando o foco em inovação (87%), produtividade impulsionada por tecnologia (84%) e segurança cibernética e segurança de dados (78%). Na quarta e quinta posição estão a digitalização e indústria 4.0 (77%) e novos requisitos regulatórios (66%).

“As empresas latino-americanas enfrentarão uma economia frágil e políticas incertas nos próximos anos, tanto local, quanto internacionalmente. Contudo, três anos após o início da pandemia, as empresas sentem-se mais preparadas para enfrentar os altos e baixos do mercado. Os seus principais desafios serão continuar com a transformação digital, manter o crescimento e melhorar suas operações, além de aumentar a sua produtividade e reduzir custos”, ressalta Manuel Solando, sócio líder regional de EY para América Latina.

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Quando os líderes brasileiros foram perguntados sobre qual frase reflete o momento da empresa, 31% dos entrevistados afirmam que sua empresa está avançando; 39%, acelerando; 23%, reagindo e 5% sobrevivendo.

“Embora o percentual não seja maior que 50%, podemos observar que os dois primeiros itens assinalados pela maioria são os mais otimistas das opções. Parte desse otimismo e resiliência é reflexo da pandemia que obrigou as organizações a acelerarem seus planos de transformação digital. Após esse período conturbado no mundo inteiro, os executivos aprenderam a ‘trocar o pneu com o carro em movimento’. Isso significa que estão pensando e implementando soluções a curto prazo e, para isso, investem cada vez mais em tecnologia como um agente facilitador para os seus negócios”, afirma Victor Guelman, sócio-líder de Markets e Business Development da EY Brasil.

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