IA Generativa transformará as funções dos líderes de engenharia de software, alerta Gartner

Profissionais terão desvantagem significativa se não reconhecerem ou se não se adaptarem às mudanças trazidas pela IA, diz Gartner

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1:15 pm - 13 de setembro de 2023
Imagem: Shutterstock

O avanço da Inteligência Artificial (IA) Generativa promete pressionar cada vez mais os profissionais de tecnologia em um futuro próximo. Novo estudo realizado pelo Gartner prevê que até 2025 mais da metade de todas as funções dos líderes de engenharia de software (SWEL) exigirão explicitamente a supervisão da IA Generativa.

Haritha Khandabattu, analista e diretor sênior do Gartner, alerta que os líderes de engenharia de software se encontrarão numa desvantagem significativa se não reconhecerem ou se não se adaptarem a essas mudanças. “Além do impacto da Inteligência Artificial ​​Generativa na implementação de tecnologias, ela também altera as responsabilidades gerenciais dos líderes de engenharia de software. Isso inclui funções relacionadas à gestão de equipes, talentos e códigos de ética”, afirma. Para o analista, esses profissionais que não se atualizarem poderão ser substituídos por outros que abraçam esta tecnologia disruptiva.

Na visão do Gartner, cabem aos líderes de engenharia de software traduzir o valor comercial do uso da tecnologia para valorizar suas equipes. Isso os ajudará na construção de um caso de negócios convincente para investimentos contínuos nos times. Devem também ser transparentes e focar nas conversas sobre como a inteligência artificial aumentará a produtividade dos desenvolvedores, em vez de focar em como ela substituirá as equipes.

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“A Inteligência Artificial Generativa não substituirá os desenvolvedores num futuro próximo”, diz Khandabattu. “Embora tenha a capacidade de automatizar certos aspectos da engenharia de software, não consegue replicar a criatividade, o pensamento crítico e as capacidades de resolução de problemas que os humanos possuem. Os líderes devem reforçar o valor de suas equipes, demonstrando como a tecnologia generativa é um multiplicador de forças que pode aumentar a eficiência.”

Uma aliada para contratações

Em um mercado competitivo para encontrar novos talentos, a inteligência artificial Generativa pode transformar a forma como os líderes de engenharia de software recrutam e gerenciam seus colaboradores, destaca o Gartner.

Os aplicativos generativos de inteligência artificial podem acelerar as tarefas de recrutamento e contratação, como a realização de uma análise de cargos e a transcrição de resumos de entrevistas. Por exemplo, os líderes podem inserir um prompt solicitando palavras ou frases-chave relacionadas a habilidades ou experiências em engenharia de plataforma. Podem também investir em Inteligência Artificial Generativa para alocar mais tempo para se concentrarem nas atividades de sua função relacionadas a pessoas.

Segundo o Gartner, investir em tecnologias generativas de inteligência artificial permitirá também que os líderes de engenharia de software aprimorem continuamente o trabalho dos engenheiros e cultivem uma força de trabalho adaptável.

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“Além do recrutamento, a gestão e o desenvolvimento de competências estão no centro das responsabilidades dos líderes”, diz Khandabattu. “O gerenciamento de habilidades habilitado por Inteligência Artificial é uma abordagem de habilidades dinâmicas que ajuda a apoiar talentos e processos de trabalho, permitindo que os líderes de engenharia de software repensem suas funções e identifiquem habilidades que podem ser combinadas para criar novos cargos e eliminar redundâncias”.

Preocupações éticas

O Gartner também alerta para o fato de que o uso da Inteligência Artificial Generativa exige novas políticas para dar conta de novas questões éticas que surgem.

“O uso de modelos básicos de inteligência artificial pode introduzir riscos, situações hipotéticas (“alucinações”) e geração de conteúdos falsos”, afirma o analista do Gartner. Segundo ele, os líderes de engenharia de software precisam ser cautelosos ao usar esta tecnologia. Devem trabalhar em formar e manter um comitê de ética de Inteligência Artificial para criar diretrizes e políticas que ajudem as equipes no uso de forma responsável das ferramentas generativas para design e desenvolvimento.

Os líderes de engenharia de software desempenham um papel fundamental na identificação e ajudam a mitigar os riscos éticos de quaisquer produtos de inteligência artificial generativa desenvolvidos internamente ou adquiridos de fornecedores terceirizados. “Abstenha-se de usar Inteligência Artificial Generativa para substituir tarefas que exigem julgamento humano e pensamento crítico. Avalie constantemente os casos de uso nos quais a inteligência artificial pode agregar valor máximo nas atividades do dia a dia”, aconselha Khandabattu.

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