Sem acordo salarial, sindicato de TI de SP inicia mobilização para greve

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4:29 pm - 03 de março de 2017

O Sindpd-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) deu início na última quinta-feira (02/02) à montagem da estratégia para encaminhar a Campanha Salarial 2017 para o dissídio de greve. Sem acordo com o setor patronal após sete rodadas de negociações, o sindicato se prepara para mobilizar os trabalhadores do estado de São Paulo em defesa de suas reivindicações e também vai abrir negociação direta com as empresas.

O sindicato promete manter sua posição firme em defesa dos direitos dos profissionais de TI. Na sétima mesa de conversações, ocorrida no dia 23 de fevereiro, os patrões apresentaram uma oferta de reajuste de 6,29%. O pedido do sindicato, no entanto, é de 8,29% (IPCA de 2016, 6,29%, mais 2% de aumento real) e, como a oferta patronal não chegou ao nível pleiteado pelo Sindpd, foi decidida a suspensão das negociações.

A estratégia definida prevê duas frentes que ocorrerão de forma paralela. De um lado, o Sindpd pretende iniciar os preparativos para a convocação de assembleias de greve nas quais a categoria será ouvida. Além disso, a diretoria vai abrir negociações diretas com empresas interessadas em firmar acordos individuais.

Antonio Neto, presidente do Sindpd, ressaltou que a sinalização de uma possibilidade de greve não está ligada apenas à questão salarial, mas também à valorização de toda a categoria. “Não é por 20 centavos. É por respeito, dignidade e valorização”, sentenciou Neto.

Outras demandas
A diretoria do Sindpd também ressaltou que, além da questão salarial, continuará batalhando por outras bandeiras importantes, como a ampliação do vale-refeição e do auxílio-creche e a defesa da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), benefícios que foram conquistados nos últimos anos.

“São avanços que garantimos com muitas batalhas, incluindo duas greves. Deixamos isso muito claro para o patronato em todas as mesas de negociação das quais participamos: não vamos aceitar retrocessos. Nosso Sindicato foi construído com a força das lutas e a união dos trabalhadores. Estamos preparados para esse embate mais uma vez”, completou Neto.

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