SAP vislumbra potencial com Leonardo para o Brasil

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5:04 pm - 17 de maio de 2017
SAP SapphireNOW 2017, Orlando, USA

cristina palmakaO anúncio da inclusão de uma gama de tecnologias emergentes que se juntam à internet das coisas (IoT) na plataforma SAP Leonardo traz boas perspectivas para o Brasil. Pelo menos essa é a expectativa de Cristina Palmaka (foto) , presidente das operações da SAP no País. “É uma proposta inovadora e disruptiva”, pontua a executiva, em conversa com jornalistas durante o Sapphire Now, evento da empresa realizado nesta semana em Orlando (EUA).

Cristina conta que, no País, a companhia já avança com projetos-piloto em algumas indústrias, as chamadas aceleradoras: manufatura, varejo e tecnologia. São os primeiros setores que testam protótipos de tecnologias Leonardo, em áreas como IoT, machine learning, inteligência artificial e analytics.

Os projetos rodam no laboratório da companhia em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, que é um dos 16 mundias e agora um dos 3 hubs de inovação do novo sistema Leonardo. Os outros dois são em Nova York (EUA) e Bangalore (Índia). “Para nós é um grande benéfico ter um laboratório em casa, para que clientes possam testar tecnologias. Além de ter a infraestrutura, com engenheiros e cientistas qualificados, temos um segundo ponto que é a inovação, que permite que nossas empresas deem passos significativos.Temos perspectivas muito boas.”

Assim como Hasso Plattner, cofundador e chairman da fabricante alemã, Cristina também aposta no consolidado negócio da SAP como grande facilitador da penetração das novas soluções, incluindo o Brasil. “A principal vantagem da SAP é que nossos clientes já têm a base, ou seja, os dados conosco. Temos o coração da companhia com relação a dados e informações. Isso garante fazer abordagem mais sólida para os clientes”, destaca Cristina.

Expectativa nas nuvens 
O primeiro contato do mercado em geral com o repaginado Leonardo tem sido no Sapphire Now, evento que a empresa levou 150 clientes e 27 parceiros do Brasil, muitos deles, segundo Cristina, extremamente empolgados com a nova plataforma. No total são 30 mil participantes.

“Conversei há pouco com um cliente brasileiro, que recentemente fechou contrato conosco e entrará direto no S/4Hana, e ele me disse que já está pensando no próximo passo (Leonardo)”, conta a executiva.

O feedback positivo, segundo Cristina, cria um otimismo natural e até uma ansiedade para o retorno ao Brasil. “Nossa missão agora é mostrar para clientes que não estão aqui. Nosso papel é ajudar as empresas a entender o que é melhor para eles, essa é nossa grande mensagem. Não tem certo e errado, mas sim o que é importante para cada cliente”.

Além dos clientes, outro público que a SAP busca atingir positivamente nesta primeira apresentação da nova estratégia com as novidades do Leonardo é o de parceiros. “Nosso foco maior de venda sempre é por meio de parceiros e eles precisam estar preparados e qualificados e nossa missão é treiná-los.”

Com a ampliação do leque de soluções, saindo do foco exclusivo no mundo de gestão empresarial, o ecossistema de parceiros tende a se diversificar. “Alguns projetos serão feitos com concorrentes, outras com empresas que não fazem parte do nosso ecossistema. A SAP está aberta para trabalhar com várias possibilidades”, conta a executiva, que cita entre essas possibilidades parcerias com gigantes como Google, Microsoft e Apple. Google e Microsoft, no caso, se juntam também à Amazon Web Services (AWS) como provedor de cloud para rodar as soluções SAP.

Massificação
“O Leonardo é para qualquer empresa”, pontua Cristina. Ou seja, não é necessário ter uma maturidade de uso de outras soluções SAP, como S/4Hana. “Começamos protótipos com cliente nossos, a maioria já está em Hana, não S/4. Isso ajuda, mas não é essencial. Naturalmente teremos maior penetração com clientes já em Hana, ou já em SAP, mas não necessariamente em S/4 ou na nossa base”, explica.

Por conta das ofertas de soluções em cloud, Cristina espera que naturalmente pequenas e médias empresas terão acesso ao portfólio Leonardo. Basta estruturar e definir como escalar os projetos. “Vamos começar com alguns projetos com empresas maiores. No final elas acabam conectando até com empresas do ecossistema. Temos falado com startups que também querem fazer parte, já fazem parte ou concorrem conosco. É uma ‘coopetição’ interessante. Certamente não ficaremos limitados em grandes empresas”, finaliza.

*O jornalista viajou a Orlando (EUA) a convite da SAP

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