Redes 4G e M2M na América Latina têm de ser sustentáveis, pede GSMA

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6:31 pm - 13 de maio de 2015
Redes 4G e M2M na América Latina têm de ser sustentáveis
As redes 4G e de tecnologia machine to machine (M2M, na sigla em inglês) para telefonia móvel devem estar preparadas para um rápido crescimento na América Latina. Se as teles não estiverem preparadas para superar os desafios regulatórios e econômicos elas enfrentarão problemas no processo. 

Essa é a conclusão de um estudo realizado pela GSMA Intelligence, setor de pesquisa da GSMA. Diante desse cenário, o relatório indica que é preciso que as operadoras adotem uma abordagem sustentável para implementações do tipo.

De acordo com o relatório, até março de 2015, existiam 39 operadoras com redes LTE na América Latina, abrangendo 15 dos 22 países na região1. A primeira rede 4G na América Latina foi lançada pela Antel no Uruguai em dezembro de 2011. O número de implantações de redes acelerou recentemente, com 17 operadoras lançando redes 4G novas em 2014 e mais 21 operadoras que planejam lançamentos nos próximos anos. Em 2020, as redes 4G serão responsáveis por 28% das conexões móveis da América Latina.

Apesar do salto, as redes 4G representaram apenas 2,4% do total de 683 milhões de conexões móveis na América Latina no primeiro trimestre de 2015, abaixo da média global de 8,4%. Isso significa que a migração para as redes 4G na região está acontecendo atualmente em um ritmo mais lento que o ritmo anterior das redes 3G. 

Na avaliação da GSMA, esse lento progresso acontece em razão de uma série de fatores como a alocação insuficiente de espectro 4G adequado (especialmente em frequências abaixo de 1 GHz, como a faixa de dividendos digitais de 700MHz), as dificuldades na implantação de infraestrutura a nível municipal para atender às obrigações atuais rigorosas de cobertura e a um ambiente macroeconômico desafiador, que desencoraja a maioria dos assinantes a atualizar para dispositivos e serviços 4G.

Sebastian Cabello, diretor da GSMA Latin America, indica que as operadoras estão investindo na aquisição de licenças e no desenvolvimento de infraestrutura 4G e que esse processo é fundamental para a universalização do acesso de banda larga móvel em toda a região. O relatório estima que as despesas com capital das operadoras totalizem aproximadamente US$ 170 bilhões no período de seis anos, entre 2015 e 2020, um aumento sobre os US$ 106 bilhões investidos ao longo dos últimos seis anos.

Conexões M2M
A GSMA Intelligence estima que, ao final de 2014, existiam 16,1 milhões de conexões M2M de celulares na América Latina, tornando-a a quarta maior região de M2M no mundo inteiro, atrás (em ordem) da Ásia-Pacífico, Europa e América do Norte. 

Estima-se que o crescimento em conexões M2M de celulares na América Latina seja muito forte nos próximos anos, aumentando em 25% ao ano (CAGR) até 2020 e alcançando 62 milhões de conexões até este ponto. A tecnologia M2M para celulares representa atualmente cerca de 2% do total de conexões na região, mas estima-se que cresça até 7% do total em 2020.

O Brasil é o maior mercado M2M na América Latina, com 9,9 milhões de conexões M2M de celulares até o final do ano de 2014, sendo responsável por 61% do total do mercado M2M para celulares na região. A redução do último ano no imposto do cartão SIM em dispositivos M2M que não são operadoras por pessoas2 estimulou o mercado no Brasil, ajudando a acelerar as implantações de conexões M2M em áreas como de telemática de veículos e de contadores inteligentes.
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