Rede aposta em observabilidade para evitar indisponibilidade na Black Friday

Dados da Rede coletados na véspera da Black Friday apontam para avanço do varejo online neste ano

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3:40 pm - 25 de novembro de 2022
pagamento online ecommerce Imagem: Reprodução/Shutter Stock

Um dos principais eventos do ano para o calendário do varejo, a Black Friday deve movimentar mais de R$ 4 bilhões neste ano. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio, que espera um crescimento de 1,1% no volume financeiro a ser movimentado em 2022, quando comparado ao ano anterior e descontando a inflação do período.

Uma série de fatores fazem da Black Friday deste ano uma data especial para o varejo. Esta é a primeira vez, por exemplo, que o evento de compras ocorre junto à Copa do Mundo, evento que tradicionalmente aquece o mercado de eletrônicos, incluindo TVs e smartphones. O evento torneio da FIFA foi adiado do meio do ano para novembro a fim de evitar as altas temperaturas do verão catari, que tornaram o campeonato impraticável.

Os resultados dessa combinação já estavam sendo sentidos mesmo antes desta sexta-feira chegar. “Nós já temos indícios de crescimento perante ao ano passado. O tíquete médio já está maior que o ano passado, as vendas aprovadas também aumentaram drasticamente”, afirmou Adriano Tchen, diretor de tecnologia da Rede, ao IT Forum.

Dados apurados pela Rede, empresa de meios de pagamento do Itaú Unibanco, mostraram que o faturamento no e-commerce durante o período que antecede a tradicional temporada de descontos teve aumento de 94%. A quantidade de vendas aprovadas registrou salto de 123% nas três primeiras semanas do mês, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Segundo Tchen, também é possível detectar também um avanço “considerável” do varejo físico quando comparado ao ano passado. Na Black Friday do ano passado, muitas lojas físicas ainda estavam sendo afetadas pela realidade da pandemia da Covid-19, que afastou consumidores. A tendência maior, no entanto, é a consolidação do e-commerce como alternativa favorita do consumidor no evento de compras.

“A pandemia trouxe um novo comportamento, inseriu no digital pessoas que não tinham o hábito de comprar no digital, seja para consumo, pedir comida, ou usar um banco digital. Isso fez com que o e-commerce evoluísse, mas também o consumidor se habituasse”, avaliou. “Mas a gente não volta a um cenário anterior à pandemia, é um cenário que favorece o mundo digital”.

Estrutura reforçada para a Black Friday

Com mais de 1,3 milhões de maquininhas espalhadas pelo país e suporte para transações virtuais, a Rede tem se preparado há meses para a Black Friday. A companhia processa, em média, 34 bilhões de transações por mês, mas sempre observa picos durante o evento de compras. Neste ano, a empresa fechou uma parceria com a Delfia, especializada em curadoria de jornadas digitais e observabilidade de dados para se preparar para o impacto do evento.

“Desde a Black Friday passada, onde já tivemos vários recordes batidos, a gente tem uma revisão, com todos os parceiros, para entender o que a gente pode fazer de melhor para a próxima edição. Isso inclui uma comunicação mais fluida e ser mais rápido na reação de algum eventual problema”, pontuou Tchen.

Um dos focos da companhia neste ano foi garantir melhores resultados no indicador de compras aprovadas, o que é essencial para evitar riscos de desistência de compras no caso de compras não serem aprovadas. Para isso, a companhia de pagamentos apostou na visibilidade de dados para evitar problemas. “No mundo cheio de informações, opções e dados que vivemos hoje, nosso objetivo é ser um ‘filtro’ para os nossos clientes e colocar foco e energia em soluções que fazem a diferença, sustentado por um serviço gerenciado”, explicou Rodrigo Bocchi, CEO da Delfia, em conversa com o IT Forum.

O projeto foi construído ao longo dos últimos nove meses teve o objetivo de permitir o monitoramento dos ambientes de negócios da Rede para evitar riscos no processamento de transações, em especial entre os dias 24 e 28 de novembro.

Durante todo o período, a monitoração de todas as transações financeiras da Rede será feita a partir de um espaço especialmente projetado dentro da sede da Delfia. Espera-se um grande pico de acessos entre 22h de quinta (24/11) até a madrugada de segunda (28/11) – data em que, tradicionalmente, as organizações de varejo iniciam um segundo momento promocional, a Black Monday.

Apelidado de Centro de Monitoramento de Rede (CMR), o espaço desenhado pela Delfia usa a nuvem pública AWS para o transbordo de dados. Os curadores Delfia serão encarregados de monitorar as aplicações de negócios da Rede e tecnologias físicas, tais como terminais POS, TEF, integradores e as principais operadoras de telefonia, para gerar uma visão preditiva do ambiente.

Durante o período, se algum dos estabelecimentos que estiverem participando da ação juntamente com o CMR reportarem indisponibilidade do serviço, os times do CMR trabalharão juntos para identificar a razão da falha. A meta também é gerar relatórios analíticos sobre tudo o que se passou entre os dias 24 e 28 de novembro.

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