Quais os paradigmas da transformação digital?

'Apenas 30% das empresas no mundo adotaram inovações para a transformação digital', escreve Rodrigo Galvão, da Oracle

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10:30 am - 01 de dezembro de 2022
escolha, dúvida, transformação digital, executivo, imagens Imagem: Shutterstock

A resistência à mudança nas empresas é um fenômeno que requer muitas horas de planejamento e análise para que seus efeitos não neutralizem o caminho para se chegar ao tão atual mundo digital. Cada vez que nos deparamos com uma novidade, temos mais chances de reagir negativamente do que positivamente. Isso tem uma explicação: o cérebro precisa usar recursos e energia física para criar novas conexões. Portanto, preferimos usar o que já conhecemos, a famosa zona de conforto.

As novas tecnologias e a já conhecida transformação digital não estão estão longe de gerar esse tipo de reação. É fato que se “você está dando uma nova solução para minha empresa, que promete facilitar processos e economizar recursos, eu vou ter mais trabalho para aprender e fazer tudo de forma diferente”. Esse pode ser o alerta que nossos neurônios disparam a partir dessa “ameaça” antes pensar na real oportunidade.

Talvez esse fenômeno possa explicar porque apenas 30% das empresas no mundo adotaram inovações para transformação digital, como a nuvem pública, mesmo trazendo múltiplos benefícios.

Chegamos ao ponto de reflexão: como eliminar essa resistência para avançarmos trazendo a modernização que os negócios precisam? É importante dedicar e entender em detalhes o que aperta o sapato das empresas ao tomarem decisões que mudarão profundamente seus rumos. Os motivos podem ser variados: barreiras legais, técnicas, o medo de que a operação seja interrompida no processo e afete os resultados, até mesmo o receio de reconhecer que os investimentos do passado ficarão obsoletos.

Como empresa, entendemos que no que diz respeito à transformação digital, quanto mais abrupta a mudança, mais resistência. O que é preciso lembrar é que, às vezes, não podemos oferecer aos clientes um caminho linear e padrão, mas que há várias alternativas para se chegar lá.

No caso da nuvem pública fala-se que o único caminho é desativar totalmente seu data center, por exemplo, passando toda a sua operação para uma nuvem gerenciada por terceiros. O que vem à cabeça? Todos os dados estratégicos e críticos serão mantidos seguros por outra empresa? Esse é o tipo de decisão desconfortável para certas empresas.

Para isso, estamos colocando no foco uma nuvem distribuída, que nada mais é do que uma implantação de diversas opções escolhidas de acordo com os requisitos do cliente e a velocidade com que ele deseja realizar as mudanças. Seja combinando nuvem pública, híbrida, vários fornecedores ou um datacenter dedicado somente ao meu negócio. A virada de chave pode ser feita gradualmente e sempre pensando no estágio digital da empresa.

A velocidade e as vias podem alterar mas definitivamente o cenário exige que não fiquemos parados. Inovar é preciso! Dizem que mudar gera danos. Hoje para as empresas, podem ser maiores se a transformação não vier. Não importa o rumo a seguir. O mais importante é que você já está atrasado se não deu o primeiro passo.

* Rodrigo Galvão é vice-presidente sênior de tecnologia da Oracle América Latina

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