Proteste apoia projeto de regulamentação de proteção de dados pessoais

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4:25 pm - 24 de maio de 2016
A Associação de Consumidores – Proteste e outras 37 entidades da sociedade civil entregaram nesta terça-feira (24/5) carta aberta às Comissões de Constituição e Justiça e do Trabalho da Câmara Federal, em apoio ao Projeto de Lei nº 5276/2016, uma das iniciativas legislativas em trâmite no Congresso Nacional para regulamentar a proteção de dados pessoais no Brasil.
A proposta prevê a criação de um órgão de fiscalização juntamente com Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais, que são essenciais para a efetivação da regulação proposta e para a formulação de políticas públicas.
O projeto foi elaborado de forma colaborativa com a sociedade, por meio de duas consultas públicas realizadas no fim de 2010 e começo de 2015 e gerou mais de duas mil contribuições do setor empresarial, da comunidade científica e acadêmica, sociedade civil e dos próprios cidadãos de forma individual.
Proteção de dados
A proposta legislativa, na avaliação das entidades, é capaz de suprir eficazmente grave lacuna no ordenamento jurídico brasileiro, a ponto de trazer segurança jurídica para o cidadão, para a atividade empresarial e para a administração pública no tratamento dos dados pessoais.
O Projeto de Lei nº 5.276/2016 sistematiza de maneira orgânica os conceitos e princípios de proteção de dados pessoais, delimitando de maneira clara seu escopo de aplicação e os critérios interpretativos necessários para a sua aplicação. Ele aborda, dentre outros pontos: direitos dos cidadãos de acesso, retificação, correção e oposição ao tratamento de dados pessoais e regras que vão do início ao término da atividade.
Também trata da responsabilidade civil de toda a cadeia de agentes nela inserida;  a criação de um capítulo específico para a proteção dos dados pessoais do cidadão frente ao poder público, havendo, assim, simetria regulatória entre os setores privado e público; regula a transferência internacional dos dados pessoais, reconhecendo a necessária proteção dos dados pessoais em um cenário transfronteiriço; e mecanismos de incentivo para o setor regulado, dedicando um capítulo específico para boas práticas.
A sugestão das entidades é que a tramitação no Congresso Nacional, em especial no que diz respeito a eventuais modificações do texto, sejam colocadas em debate no portal E-democracia, em audiências públicas ou por meio de outras ferramentas de participação social. A exemplo do que fez o Ministério de Justiça quando colocou o texto do então Anteprojeto de Lei de Proteção de Dados Pessoais sob escrutínio público nas plataformas online Cultura Digital e Pensando Direito.

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