Prevenções de fraudes e de lavagem de dinheiro devem caminhar juntas

Especialista do SAS indica que mercado precisa ter uma visão holística dos dois temas com respaldo de sistemas de analytics

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1:56 pm - 14 de abril de 2023
Robson Ohosaku, SAS, fraudes Robson Ohosaku. Foto: Divulgação/SAS

As áreas de prevenção às fraudes e à lavagem de dinheiro (PLD), financiamento ao terrorismo e gestão de risco, historicamente, atuam de forma separada em instituições financeiras, mas a tendência é a de que elas sejam uma só. Essa é uma tendência de mercado e, mais do que isso, uma necessidade de as empresas visualizarem, de forma holística, problemas que podem afetar seus negócios, e, claro, seus clientes.

Robson Ohosaku, especialista em prevenção a fraudes e Security Intelligence para Américas do SAS, defende que as áreas precisam convergir e contar com o respaldo de soluções de analytics para serem mais assertivas e rápidas em suas análises. “Essa é uma tendência, que já está em curso nos Estados Unidos e Europa e há um movimento forte indicando que está chegando agora no Brasil”, sinaliza o executivo.

Segundo ele, não há uma regulamentação vigente que obrigue as empresas a atuar nesse sentido, mas há sinais das entidades reguladoras para um direcionamento nessa linha. Além disso, disse, como as companhias estão agora em plena jornada rumo à eficiência e redução de custos, é possível que haja uma aceleração na unificação das áreas.

Leia mais: Fraude e roubo de dados estão entre os 10 riscos que preocupam as empresas

Para o executivo, os bancos digitais estão mais à frente nesse sentido, mas os “bancões” estão neste momento caminhando para direção parecida. Ele cita pesquisa realizada pela Aite Novarica, em 2022, indicando que 27% das empresas entrevistadas têm uma estratégia consolidada de monitoramento de fraude, incluindo lavagem de dinheiro (PLD), financiamento ao terrorismo e gestão de risco.

De acordo com Ohosaku, dois anos antes, segundo levantamento do SAS, esse número era de 11%, mostrando a evolução da estratégia nos negócios.

Ohosaku menciona ainda dados exclusivos de nova pesquisa do SAS que 90% dos usuários finais em todo o mundo acreditam que instituições financeiras devem ter mais segurança. No Brasil, essa percepção sobe para 97,2%, indicando que o mercado ainda olha diversas oportunidades de melhoria nos sistemas e processos das empresas.

Tendências em segurança e anti-fraudes

O executivo também citou outras tendências para o mercado de fraude. Acompanhe abaixo:

  1. Aumento no investimento em scam e controles de mulas financeiras
  2. Empresas de serviços financeiros ganham terreno na luta contra a fraude primária
  3. Colaboração entre fraude e segurança cibernética ganha velocidade
  4. Hubs de orquestração se tornam estacas de mesa
  5. Know Your Business (KYB) torna-se a próxima prioridade chave
  6. Ressurgimento da fraude em cheques aumenta a necessidade de tecnologia inovadora
  7. Adquirentes aceleram o investimento na integração e no monitoramento do comerciante
  8. Incerteza econômica impulsiona a confiança na automação
  9. Cumprimento das sanções entra em uma metamorfose
  10. Dark Web entra no centro das atenções

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