Por que os CIOs devem se envolver mais em aquisições?

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10:30 am - 27 de outubro de 2014
Por que os CIOs devem se envolver mais em aquisições?
Facebook + WhatsApp ou Burger King + Tim Horton´s. Estamos vivendo uma cultura de negócios que engrena fusões e aquisições, envolvendo cifras milionárias. Muito frequentemente, porém, os CIOs e líderes de TI não fazem parte dos planos traçados para fusões ou aquisições. Na pressa e pela excitação para concluir a negociação, as prioridades de TI, como aplicações e operações de integração, acabam ficando de lado e são vistas como preocupações posteriores. 

Aguardar para colocar o CIO na negociação depois que ela foi concluída é geralmente receita para o desastre, apenas adicionando a alta probabilidade das aquisições falharem em atingir os objetivos estabelecidos. 

É essencial que o CIO participe desse tipo de discussão. Confira abaixo cinco motivos que comprovarão esse ponto. 

1. O CEO não faz as perguntas corretas

Os CEOs não conseguem avaliar, na totalidade, o quão antigo são os data centers da companhia, ou quão urgente precisarão ser feitos investimentos em equipamentos. Esses executivos também não conseguem avaliar as aplicações e o tempo que elas irão expirar. Esse tipo de questão o CIO estará pronto para responder caso seja questionado e participe de uma negociação de aquisição. Os direcionamentos adequados provenientes do CIO podem fazer a companhia economizar milhões, afetando até mesmo o valor da negociação de aquisição. 

2. A cultura errada de TI deverá prevalecer

Recentemente, duas das maiores companhias de aviação dos Estados Unidos se uniram em uma negociação multibilionária. Enquanto uma delas utilizava tecnologias de última geração para aplicações web, a outra usava as mesmas tecnologias de 1980, o que tornou a movimentação das organizações mais lenta. É função do CIO auditar o setor de TI de ambas as organizações e determinar qual cultura deverá prevalecer. Nesse caso específico, isso aconteceu, e a cultura que prevaleceu foi a mais recente, o que trouxe grandes benefícios para a companhia que fez parte da fusão. 

3. Os sistemas precisam estar integrados para funcionarem no primeiro dia

A equipe de TI é responsável por integrar os sistemas que permitem que a operação ocorra, como telefones, caixas de mensagem e e-mails desde o primeiro dia após a fusão e aquisição. Esse é um passo básico que deve ser feito durante uma negociação do tipo, e envolve diretamente o CIO. 

Para gestores, combinar sistemas de e-mail e telefone pode parecer trivial, mas simples deslizes podem causar dores de cabeça gigantescas para os funcionários e até mesmo para os clientes. Historicamente, as companhias aéreas são as que mais cometem esses erros, que resultam em perdas de bagagens, erros em reservas e atrasos nos voos. 

4. Todos precisam falar a mesma língua

Existe um mito no que diz respeito à importância do tamanho da empresa. Fazer uma transição suave durante uma fusão ou aquisição é uma tarefa simples de cumprir se uma das companhias for pequena. Os CIOs sabem que não é assim. É responsabilidade do líder de TI colocar os riscos tecnológicos e requisitos em uma linguagem que todos os gestores poderão entender. 

Entretanto, isso não é novidade. Alinhar a TI aos negócios está no topo das preocupações dos gestores de TI nos últimos 11 anos, segundo estudos. Durante uma negociação de fusão e aquisição, isso pode valer milhões.

5. Existe o risco de perder capital humano

Os gestores frequentemente enfrentam perdas de capital humano que não foram planejadas durante a aquisição. Parte da tarefa dos CIOs é identificar durante esse processo quem na equipe de TI está com a síndrome de “super-homem”, o famoso herói com todo o conhecimento institucional sobre como a TI da empresa funciona.

Verificar o risco dessas pessoas ficarem assustadas com seus futuros nas novas organizações e deixarem a companhia durante o processo de fusão irá ajudar a moderar o custo que frequentemente não é calculado. 

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