Polêmico pioneiro do antivírus, John McAfee morre aos 75 anos

Considerado um dos pioneiros de softwares antivírus e figura polêmica da indústria de tecnologia, John McAfee morreu nesta quarta-feira (23), aos 75 anos.
Segundo noticiado por jornais espanhóis, incluindo o El Mundo e El País, o programador e empreendedor foi encontrado morto em sua cela em Barcelona, onde estava preso desde outubro de 2020.
A agência Reuters afirma que a morte de McAfee foi confirmada pelo Departamento de Justiça da Catalunha. Existe suspeita de suicídio.
McAfee estava preso preventivamente na Espanha enquanto aguardava
decisão para ser extraditado para os Estados Unidos. McAfee era acusado
por autoridades do país de fraude fiscal, em um esquema envolvendo
criptomoedas, e de evasão fiscal. De acordo com a Reuters, a decisão
para sua extradição foi aprovada na manhã desta terça-feira.
John McAfee nasceu em 1945, na cidade de Cinderford, na Inglaterra.
De pai americano e mãe britânica, ele cresceu nos Estados Unidos,
estudou matemática e começou sua carreira na tecnologia como programador
do Instituto de Estudos Espaciais, da Nasa, em 1968.
Nos anos seguintes, passaria por empresas como Univac e Xerox. Seu
trabalho pioneiro em antivírus começaria na Lockheed, nos anos oitenta,
quando teve acesso ao malware Brain, considerado o primeiro vírus para o
IBM PC, e começou a desenvolver um software para combatê-lo.
Em 1987, ele fundou a McAfee Associates e passou a oferecer serviços
de antivírus para usuários finais e, depois, para empresas. Ele dirigiu a
empresa até 1994. Em 2011, a companhia seria comprada pela Intel.
Depois de deixar a McAfee Associates, McAfee fundou as empresas como a
Tribal Voice, QuorumEx e Future Tense Central, e ocupou cargos de
liderança Everykey, MGT Capital Investments e Luxcore.
Ao longo das últimas décadas, McAfee esteve envolvido em uma série de
controvérsias. Em 2012, foi preso em Belize, acusado de porte ilegal de
armas. O empresário fugiu do país pela Guatemala, após ser considerado
suspeito de envolvimento no assassinato de seu vizinho.
Ele seria deportado para os Estados Unidos logo depois. A história
virou um documentário em 2016, que focou nas suspeitas de envolvimento
do executivo neste e em outros crimes.
Em janeiro de 2019, McAfee passou a ser procurado por autoridades dos
Estados Unidos após admitir não ter pago impostos no país por quase uma
década.

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