Pesquisa Dell: 30% dos colaboradores lutam contra o esgotamento

Levantamento revela dados sobre as consequências das mudanças na rotina de trabalho após a pandemia

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4:00 pm - 05 de outubro de 2022
Diego Puerta, presidente da Dell Technologies Diego Puerta, presidente da Dell Technologies

Os colaboradores estão se se sentindo sobrecarregados após os limites entre trabalho e vida pessoal se confundirem com a pandemia. Esse é um dos resultados da pesquisa Breakthrough, realizada pela Dell Technologies – que entrevistou mais de 10 mil pessoas em 40 países, incluindo o Brasil.

De acordo com o levantamento, 30% dos funcionários lutam contra o esgotamento, 51% enfrentam um desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal e 53% nem sempre se sentem motivados.

“O nosso trabalho invadiu as nossas casas sem pedir licença e ele está, mesmo para quem voltou para o escritório, dentro de nossas casas. Esse é um caminho sem retorno e trouxe uma sobrecarga muito grande”, analisou Diego Puerta, presidente da Dell Technologies no Brasil.

Além disso, foram identificadas três barreiras para transformação digital relacionadas às pessoas: habilidades digitais e aptidão para inovação, visão e uma estratégia direcionada para as pessoas; e cultura da inovação.

“Um plano de capacitação bem estruturado é fundamental e os funcionários esperam isso. Isso começa desde processos básicos como ferramentas de produtividade até ferramentas de desenvolvimento e os funcionários demandam esse treinamento”, disse o executivo.

Especificamente no Brasil, 91% dos líderes de negócios consideram suas pessoas como seu maior ativo, mas 68,8% acreditam que sua organização subestima as necessidades dos colaboradores ao planejar programas de transformação.

Além disso, 43,5% dos líderes de empresas brasileiras dizem que sua organização sabe o que é necessário para a transformação. Entretanto, depois dessa rápida mudança, muitos funcionários agora enfrentam o desafio de acompanhar o ritmo.

Para 63% dos participantes, a resistência de seus funcionários à mudança possa levar ao fracasso e 45% dizem que ainda têm a preocupação de poder ficar para trás devido à falta de visão/autoridade sênior para agora aproveitar a oportunidade na sua frente.

A Dell e especialistas em comportamento independentes estudaram o desejo dos participantes da pesquisa pela mudança digital e descobriram que apenas 20% da força de trabalho do Brasil, que vai de líderes de negócios seniores a equipes e tomadores de decisões de TI, estão buscando projetos de modernização. Além disso, quase um terço dos participantes brasileiros (30%) estão lentos ou relutantes a adotar mudanças.

“Eu acredito que a gente vai ter um período de acomodação para as pessoas e as empresas entenderem a nova dinâmica do novo modelo de trabalho. Não é só ficar casa com o computador, é ter cultura, análises, conectividade e produtividade. No momento crítico era melhor ter só isso do que nada, mas as companhias precisam repensar como fazer para ter a produtividade desejada. E, nesse sentido, quem conseguir focar nas pessoas vai reagir mais rápido”, comentou Diego.

Apesar de ser importante olhar para as pessoas, os dados totais da pesquisa revelam que 87% dos respondentes dizem que seu trabalho é uma parte importante de sua identidade. Só que metade diz que estão vivenciando um trabalho “chato”. Segundo Diego, para garantir produtividade e colaboração fluída é preciso ter tecnologia em larga escala para que as pessoas deixem de fazer tarefas repetitivas.

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