Organizações precisam dominar duas dimensões da mobilidade. Mas, afinal, quais são elas?

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12:15 pm - 27 de setembro de 2016
Organizações precisam dominar duas dimensões da mobilidade. Mas

Com a convergência de dispositivos, bots, coisas e pessoas, organizações terão de dominar duas dimensões de mobilidade, de acordo com o Gartner. Assim, CIOs e líderes de TI deverão lidar com a mobilidade atual e se prepararem para a era pós-apps.

“O futuro da mobilidade fornecerá serviços ubíquos entregues em qualquer lugar, por qualquer pessoa ou coisa, a qualquer pessoa ou coisa”, avalia o vice-presidente e analista do Gartner David Willis.

Segundo ele, enquanto usuários estão constantemente à procura de novas e atraentes experiências de aplicativos, a importância de apps na prestação de serviços diminuirá e o surgimento de assistentes virtuais pessoais (APV) e bots vão substituir algumas das funções desempenhadas pelos aplicativos hoje. “Abordagens alternativas de interação e prestação de serviços irão surgir e o código vai passar de dispositivos e aplicativos móveis tradicionais para a nuvem”, acredita Willis.

Dimensão um – Mobilidade torna-se normal
“O cenário móvel mudou dramaticamente nos últimos anos. Com isso, mobilidade já não é uma nova tecnologia, mas negócios como de costume para a maioria das organizações”, disse Willis.

Em 2016, o Gartner prevê o embarque global de 2,37 bilhões de dispositivos (PCs, tablets, ultramobiles e smartphones), além disso, 293 milhões de wearables serão vendidos no mesmo ano. Em 2017, o Gartner estima que 2,38 bilhões de dispositivos serão embarcados e 342 milhões de wearables vendidos.

“A proliferação de dispositivos móveis significa que telefones, tablets, laptops e wearables são agora onipresentes no ambiente, reinventando a forma como as pessoas interagem e trabalham”, aponta Willis.

De acordo com o especialista, depois do movimento traga seu próprio dispositivo (BYOD, na sigla em inglês), os wearables vão passar a liderar, em breve, a era do traga sua própria coisa, promovendo novas interações no universo corporativo, tendência que será impulsionada com o avanço da internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Até 2018, o instituto de pesquisas prevê que 25% dos app serão desenhados para dispositivos IoT.

Dimensão dois – Era pós-apps
A atual domínio de aplicativos é desafiado por várias tendências que, em conjunto, o Gartner chama de “era pós-app”. “À medida que novas tecnologias crescem em importância como uma forma de controlar e interagir com as coisas, interfaces de aplicativos vão desaparecer”, assinala Willis.

Para o especialista, a era pós-app significa que haverá mais dados e códigos na nuvem e menos no dispositivo, graças à melhoria contínua do desempenho da rede do celular. “A era pós-app será um processo evolutivo até 2020 e adiante”, completa Willis.

Em sua visão, organizações devem se preparar agora para esse novo momento, planejando novas habilidades, avaliando oportunidades criadas pela era pós-aplicação, e desenvolvendo uma estratégia de negócio digital que integra várias tecnologias diferentes.

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