Neuralink, de Elon Musk, implanta chip em cérebro humano pela primeira vez
Com aprovação da FDA para ensaios clínicos em humanos, Neuralink busca avançar na conectividade cérebro-computador
Elon Musk anunciou que sua startup Neuralink realizou com sucesso a primeira implantação de um chip no cérebro humano. A operação, focada no desenvolvimento da tecnologia Telepathy, primeiro produto a ser lançado pela startup de Musk, promete ajudar no processo de recuperação de pessoas que perderam a mobilidade de membros.
Durante os últimos cinco anos, a Neuralink tem trabalhado para desenvolver implantes que conectem o cérebro humano a um computador. A empresa, no entanto, tem enfrentado uma série de críticas, especialmente após a morte de um macaco durante um teste, em 2022. Funcionários também revelaram preocupações sobre uma suposta pressa no desenvolvimento, o que levou a investigações nos Estados Unidos.
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Ainda assim, no ano passado, a Neuralink recebeu autorização da agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, a FDA, para ensaios clínicos em humanos. Assim, o recrutamento de pacientes com quadriplegia causada por lesão medular cervical ou ELA foi iniciado. Esses testes, parte do “Estudo PRIME” [Precise Robotically Implanted Brain-Computer Interface], visam avaliar a segurança e funcionalidade dos implantes.
Musk compartilhou em uma publicação na rede social X, nesta segunda-feira, que a atividade cerebral do paciente foi considerada “promissora” após o procedimento e que ele está “se recuperando bem”.
Conexão cérebro-computador
O chip do Telepathy possui 1.024 eletrodos conectados por fios flexíveis extremamente finos, inseridos em uma região específica do cérebro que controla a intenção de movimento. Esses eletrodos permitem que o implante registre e transmita sinais cerebrais sem fio para um aplicativo que decodifica os movimentos pretendidos pela pessoa. O dispositivo, alimentado por uma bateria recarregável sem fio, tem como objetivo permitir o controle de dispositivos eletrônicos apenas com o pensamento, inicialmente focando em ajudar pessoas com perda de mobilidade.
Embora tenha potencial para avanços médicos, a aplicação dessas interfaces ainda é considerada experimental e requer neurocirurgia invasiva.
*Com informações da CNN e da BBC
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