Movimento no varejo físico se mantém abaixo do período pré-pandêmico

Entretanto, dados da SBVC apontam que fluxo de visitação às lojas de rua e shoppings se recuperou e já é maior em relação a 2021

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9:48 am - 10 de agosto de 2022
Imagem: Shutterstock

O fluxo de visitação às lojas de rua e shoppings centers do Brasil retoma aos poucos, desde a flexibilização da pandemia de covid-19. Mapeamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), referente ao primeiro semestre de 2022, aponta que na comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 16% para lojas de rua e 21,4% para lojas de shopping.

Entretanto, o fluxo de visitação, tanto em lojas de rua quanto de shopping, continuava abaixo do visto no período pré-pandêmico (junho/19), com respectivas quedas de 29,2% e 26,0%.

Segundo o levantamento, esse recorte interrompe o movimento de recuperação observado até maio deste ano. Isso porque a distância em relação à pré-pandemia é a maior observada desde fevereiro para lojas de rua e desde janeiro para lojas de shopping, comparando-se ao mesmo mês de 2019.

Quando analisado os segmentos, a vertical de Eletroeletrônicos e Departamento apresentaram as maiores quedas no fluxo de visitação para junho de 2022 quando comparado com junho de 2021, com contração de 25,4% e 19,5%, respectivamente. O setor com a maior alta, é o de Beleza (48,9%), seguido pelo de Moda (41,1%).

“Até o momento, vemos altas expressivas principalmente nos setores de Moda e Beleza, considerando o retorno gradual da vida social da população e a demanda mais acentuada por esses tipos de produto. Com a previsão de uma possível desaceleração da inflação neste segundo semestre e o índice de desemprego em queda, temos situações bastante favoráveis para o setor como um todo, num cenário otimista para o segundo semestre de 2022.”, avalia Eduardo Terra, presidente da SBVC.

“A queda no comparativo mensal de fluxo de visitantes freou a recuperação do varejo em relação ao nível pré-pandêmico. Apesar da distância em relação ao período anterior à pandemia ser a maior desde fevereiro para as lojas de rua e desde janeiro para as de shoppings, não parece um sinal de alerta, visto que o decréscimo é baixo na comparação com quedas bastante acentuadas vistas no passado e há sinais de um varejo bastante aquecido”, comenta Flávia Pini, sócia da HiPartners Capital & Work.

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