Microsoft e Quantinuum alcançam avanço significativo na correção de erros quânticos

A equipe de pesquisadores alcançou mais de 14.000 experimentos sem erros, marcando um avanço crucial na computação quântica

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3:51 pm - 08 de abril de 2024
Microsoft, ftc Imagem: Shutterstock

Em um anúncio que promete revolucionar a computação quântica, Microsoft e Quantinuum revelam uma parceria que resultou em um avanço significativo na correção de erros, impulsionando a tecnologia para além dos limites da era de computadores quânticos de Escala Intermediária Ruidosos (NISQ).

Utilizando hardware da Quantinuum e um novo sistema de virtualização de qubits da Microsoft, a equipe de pesquisa foi capaz de conduzir mais de 14.000 experimentos sem um único erro. Este feito notável representa um salto além da era dos computadores quânticos de Escala Intermediária Ruidosos (NISQ), onde as limitações de ruído e escala têm sido obstáculos significativos.

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De uma perspectiva diferente, embora ainda existam desafios significativos a serem superados e a necessidade de validar e replicar os resultados alcançados, os avanços recentes na computação quântica são promissores. Em teoria, um computador equipado com 100 qubits lógicos já poderia ser utilizado para resolver uma série de problemas complexos.

Além disso, a Microsoft sugere que uma máquina com 1.000 qubits poderia representar uma virada comercial, desbloqueando novas oportunidades e capacidades até então inimagináveis. Esses avanços alimentam a esperança de um futuro onde a computação quântica desempenhará um papel central na resolução de problemas que desafiam os limites da computação clássica.

Mas o cerne dessa conquista reside na capacidade de correção de erros, com a equipe conseguindo combinar 30 qubits físicos em quatro qubits lógicos altamente confiáveis. Essa abordagem inovadora não apenas protege o sistema contra erros, mas também representa uma mudança de paradigma na forma como a computação quântica é concebida e implementada.

“Apenas aumentar o número de qubits físicos com uma alta taxa de erro – sem melhorar essa taxa de erro – é inútil porque isso resultaria em um grande computador quântico que não é mais poderoso do que antes”, escrevem Dennis Tom, gerente geral do Azure Quantum, e Krysta Svore, a vice-presidente de desenvolvimento avançado de Quantum na Microsoft, no anúncio de desta quarta-feira (03). “Em contraste, quando qubits físicos com qualidade operacional suficiente são usados com um sistema de orquestração e diagnóstico especializado para habilitar qubits virtuais, apenas então o aumento do número de qubits físicos resulta em computadores quânticos poderosos e tolerantes a falhas capazes de realizar cálculos mais longos e complexos”.

Um destaque particular é a capacidade de realizar “extração de síndrome ativa”, permitindo que erros sejam diagnosticados e corrigidos sem comprometer o qubit lógico subjacente.

Essa conquista não apenas representa um avanço técnico significativo, mas também sinaliza uma nova era na computação quântica – de resiliência e confiabilidade.

“Este feito marca o primeiro passo para poder corrigir erros sem destruir os qubits lógicos e mostra um marco fundamental na correção de erros quânticos”, explicam Tom e Svore. “Demonstramos este componente crítico da computação quântica confiável com nosso sistema de virtualização de qubits, que resultou em uma baixa taxa de erro lógico ao longo de múltiplas rodadas de extração de síndrome”.

Com essa conquista, a Microsoft e a Quantinuum lançam um desafio à comunidade científica: reproduzir seus resultados e desenvolver sistemas de correção de erro comparáveis.

*Com informações do TechCrunch

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Redação

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