Inteligência Artificial ainda é pouco adotada pelas empresas
Entre as empresas adotantes, tecnologia é usada para agilizar processos e melhorar eficiência
Na corrida pela adoção da inteligência artificial (IA), menos da metade das empresas avançaram em sua adoção, identificou o relatório Ascendant, produzido pela Minsait. Entre aquelas que adotaram, o uso da tecnologia se concentra tanto no aumento da eficiência e da agilidade de seus processos operacionais quanto na melhoria da experiência de seus clientes. O estudo procura quantificar o grau de adoção de IA por empresas e administrações públicas, dando ênfase às principais barreiras e motivações identificadas pelas organizações durante esse processo.
Para Natalia Clavero, diretora global de IA da Minsait, as empresas precisam superar seus receios e apostar nas novas tecnologias de maneira ambiciosa, levando em conta seu impacto positivo para os negócios. “Além disso, é fundamental que as corporações estejam comprometidas com uma estratégia robusta de governança de dados e conhecimento, aliada à IA generativa escalável, de modo que se possa medir o retorno desse investimento”, pontuou.
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A Minsait estima que a Inteligência Artificial estará à frente da próxima grande onda de digitalização dos negócios e da sociedade. Silviano Andreu, diretor de Estratégia e Inovação da empresa na Espanha, declarou que a IA “aponta para um futuro de progresso e crescimento, já que levará a outro patamar as atividades de conhecimento baseadas em informação, por meio da automação de operações físicas com IoT, e abrirá um novo espaço para a aplicação de tecnologias avançadas no setor de serviços com mais criatividade e maior valor agregado, impactando diretamente setores como os de design de produto, engenharia e consultoria”.
O impacto da IA na capacidade produtiva pode representar até 25% do PIB global nas próximas duas décadas, por meio da automatização de tarefas sofisticadas de análise, decisão e criação que, até muito recentemente, não estavam ao alcance da tecnologia.
A Minsait também aproveitou para anunciar alguns dos seus principais projetos voltados à aplicação de Inteligência Artificial. O primeiro consiste em um sistema avançado de análise de sentimento e segmentação de pessoas por meio da escuta, que permite melhorar os serviços prestados por centros de atendimento.
Outra inovação é um assistente generativo capaz de analisar, em questão de segundos, documentos de diferentes complexidades técnicas, com o intuito de tirar dúvidas transmitidas por voz a respeito de temas como mudanças regulatórias e comparação de contratos, por exemplo.
Andreu, diretor de Estratégia e Inovação da Minsait, acrescentou que, como em qualquer processo de revolução ou disrupção, não há isenção de riscos e que o setor de Tecnologia da Informação deve ser proativo em identificar e gerir eventuais ameaças, criando modelos de trabalho regulamentados, responsáveis e éticos. “O sucesso das empresas passará, necessariamente, pela gestão e valorização de seus dados e conhecimentos internos, bem como pelo incentivo aos talentos e pelo estreitamento da relação com parceiros especializados”, finalizou.
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