Em 2024, GenAI passará da teoria para a prática, diz CTO global da Dell
Foco das empresas passará da experimentação geral para um foco estratégico específico, aposta executivo
John Roese, CTO Global da Dell Technologies, acredita que a grande tendência de tecnologia que movimentará 2024 será a Inteligência Artificial no centro dos negócios. “A IA é o centro do universo, e as bordas são a forma como a colocamos em produção”, declarou o executivo no relatório que aponta as previsões da Dell para o próximo ano.
“O Zero Trust será a forma como você protegerá a IA e, por fim, a computação quântica será a energia de longo prazo para o desempenho e a eficiência necessários para ajustar a escala da IA em um sistema global”, acrescentou Roese. “Pense na IA ativamente, mas não a coloque em ação de modo independente de outras arquiteturas. Dessa forma, você garantirá que seus objetivos e ações estejam alinhados para o sucesso de longo prazo”, recomendou.
Roese destacou que a discussão sobre a GenAI passará da teoria para a prática com mudanças de infraestrutura de treinamento e custos para inferência e operação com maior responsabilidade para a liderança. Em 2024, o executivo aposta que a primeira onda de projetos empresariais de GenAI deverá atingir níveis de maturidade que destacarão importantes dimensões da GenAI que não foram compreendidas nessa fase inicial. Cada vez mais, o foco das empresas passará da experimentação geral para um foco estratégico específico, selecionando os poucos projetos de GenAI que podem ser realmente transformadores.
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“Embora a GenAI tenha gerado ideias incrivelmente criativas de como ela transformará os negócios e o mundo, existem poucas atividades de GenAI em escala no mundo real. Em 2024, veremos a primeira onda de projetos empresariais de GenAI atingir níveis de maturidade que destacarão importantes dimensões da GenAI que ainda não foram compreendidas nessas fases iniciais”, afirmou Roese.
IA impulsiona crescimento na América Latina
O presidente da Dell na América Latina, Luis Gonçalves, destacou que a Inteligência Artificial impulsionou o crescimento da empresa na região, “graças a uma abertura geral à tecnologia e a um forte sentido de experimentação”.
“No Brasil, a grande maioria (97%) das organizaçõesestá ativamente buscando tecnologias transformadoras para atingir suas metas de inovação. Essa mentalidade de liderança coloca a América Latina em uma via acelerada, assimilando insights de regiões com maturidade em IA para avançar rapidamente na implantação de casos de uso locais significativos”, comentou o executivo.
Olhando mais adiante no futuro, Roese acredita que a computação quântica lidará com o importante problema de demanda extrema de recursos computacionais exigidos para a GenAI e para a maioria da IA em grande escala. Ele antecipa que a computação quântica gerará um grande salto na habilidade dos sistemas de inteligência artificial. A base computacional da IA moderna acabará se tornando um sistema quântico híbrido em que o trabalho de IA é distribuído em um conjunto de arquiteturas de computação diversas, incluindo unidades de processamento quântico.
Expansão da borda moderna e do multicloud
No Dell Innovation Index, Roese aponta que as empresas reconhecerão que há duas formas de criar uma borda moderna: a proliferação de bordas únicas ou uma plataforma de borda multicloud. A segunda opção, adotar uma abordagem de “plataforma de borda” na qual a borda moderna se torna uma extensão da infraestrutura multicloud, é o caminho a ser seguido, na visão do executivo.
Segundo Gonçalves, embora a abordagem multicloud tenha evoluído na América Latina, estratégias intencionais são necessárias para fornecer inovação e agilidade nos negócios. “Adoções recentes e amplas de tecnologias, como o 5G, nuvens e bordas, impulsionaram transformações importantes nos negócios na região com impacto direto para os clientes. Muitos serviços foram automatizados desde 2020”, afirmou.
Zero Trust fortifica a borda
Com a democratização da IA, e com mais dados e informações migrando para a borda, o gerenciamento de dados se torna cada vez importante. “2023 foi repleto de discussões sobre Zero Trust e a importância dela nos esforços de cibersegurança do mundo. Em 2024, passaremos de um mundo em que Zero Trust é um termo de impacto para um mundo em que tecnologia, padrões e até mesmo certificações reais surgirão para esclarecer o que Zero Trust realmente significa”, afirmou Roese.
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