Inovações na saúde: IA e dados aprimoram cuidados de pacientes
Médico entusiasta digital compartilha sua visão para o futuro do setor, que tem se destacado por buscar formas de aprimorar a experiência do paciente
Integrar soluções tecnológicas no ambiente hospitalar para aprimorar os cuidados, a transmissão de informações e a experiência do paciente são desafios constantes do setor da saúde. A tecnologia, no entanto, surge como aliada nesse cenário.
“O ambiente hospitalar é ideal para implementar tecnologias que melhoram custos e efetividade das internações. Tecnologias como inteligência artificial (IA), dados e phigital são fundamentais para enfrentar os desafios atuais e atender às necessidades do mercado”, destaca Dr. Marcon Censoni, médico cirurgião do aparelho digestivo e entusiasta de Digital Health e inovação.
Ele ressalta a urgência de se apoiar em tecnologia para se adaptar a uma população global sem precedentes, com mais de 8 bilhões de pessoas, um aumento significativo de idosos e uma inversão na pirâmide populacional. A sobrevivência após eventos médicos como AVCs, câncer e infartos também cria uma demanda crescente no sistema de saúde, tanto público quanto suplementar.
“Precisamos conscientemente adotar ferramentas tecnológicas para evitar a sobrecarga no sistema. Se não o fizermos, enfrentaremos escassez de leitos, médicos e enfermeiros”, alerta o médico, destacando a necessidade de inovação para garantir a sustentabilidade do sistema de saúde.
Inovação nos cuidados com pacientes
O especialista também vê na diversidade de inovações uma oportunidade para o surgimento de startups e soluções diversas. Ele reflete sobre a rápida evolução tecnológica, lembrando dos tempos do “bip”, e destaca a inevitabilidade das mudanças que tecnologias como IA consultiva, inteligência generativa, computação quântica, 5G e até mesmo o futuro 6G trarão à nossa forma de viver.
O médico compartilha uma experiência bastante promissora com seus pacientes, onde os examina a distância usando dispositivos inovadores, como o TytoCare. O pequeno dispositivo, do tamanho de uma maçã, pareado com o celular, permite uma avaliação precisa, identificando precocemente condições como a suspeita de trombose venosa, reduzindo idas ao pronto-socorro e custos médicos.
“Pensando mais à frente, o 6G vai revolucionar a velocidade dos wearables, fornecendo dados que influenciarão a escolha e precificação de planos de saúde”, destaca Dr. Marcon, vislumbrando um futuro em que a tecnologia não só trata, mas também previne doenças de forma personalizada.
Ele compartilha a visão de um “quarto do futuro”, em fase de projeto em um dos hospitais onde atua, onde a inteligência artificial e o 5G melhoram o cuidado pós-operatório. Para os céticos das tecnologias no setor de saúde, Dr. Marcon, contudo, enfatiza que a tecnologia não deve substituir práticas consagradas, mas sim aprimorá-las, liberando tempo para interações mais humanas com pacientes e familiares.
Ao abordar as preocupações sobre a perda de humanização no atendimento, o médico argumenta que a implementação de IA, sistemas de dados e wearables proporcionará mais tempo de qualidade. “A evolução tecnológica não apenas tornará os profissionais mais eficazes, mas também permitirá uma abordagem mais humanizada na prestação de cuidados de saúde.”
Os avanços tecnológicos no setor de saúde são claros e, nesse cenário, Dr. Marcon destaca a importância da análise criteriosa ao implementar novas tecnologias na saúde, garantindo que cada solução seja avaliada em termos de sua utilidade e aplicabilidade específicas. Sua visão otimista projeta um futuro no qual a tecnologia não apenas revoluciona a medicina, mas também aprimora a qualidade e a humanização dos cuidados de saúde.
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