Inclusão Digital e Financeira: convergência e democratização do acesso à inovação
A inclusão digital, agora, é o cerne da inclusão financeira
A indústria de pagamentos tem vivenciado uma transformação significativa, impulsionada por avanços tecnológicos e uma crescente necessidade de democratizar a inclusão digital. Anúncios recentes sobre a disponibilidade de pagamentos via QR Code é um exemplo marcante dessa tendência. Essa iniciativa toca ainda em uma questão fundamental para a nossa indústria: a inclusão digital perpassa e potencializa a inclusão financeira e aceitação.
Historicamente, a inclusão financeira foi centrada na distribuição física de instrumentos de pagamento, como cartões. No entanto, o cenário atual é muito diferente. A inclusão digital, agora, é o cerne da inclusão financeira. A capacidade de participar do ecossistema digital tornou-se praticamente um pré-requisito para o acesso a serviços financeiros modernos. Observamos ainda que a janela temporal entre a introdução de uma nova tecnologia e sua ampla aceitação pública está se tornando cada vez mais curta. Esse fenômeno destaca a velocidade acelerada da inovação, especialmente no âmbito digital, e a importância do impulso tecnológico na aceitação de novas soluções pelo público.
O Tap to Phone, por exemplo, é uma inovação disruptiva que transforma qualquer celular com tecnologia NFC em um terminal de pagamento. Essa solução, além de ser ambientalmente sustentável, proporciona agilidade nas transações e reduz custos logísticos, beneficiando especialmente pequenos empreendedores.
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O uso do QR Code é outra tecnologia que merece destaque. Ela foi pensada para atender a uma parcela significativa da população brasileira que possui dispositivos mais modestos, sem a tecnologia NFC. Ao substituir as informações do cartão por um token criptografado, o sistema não apenas facilita os pagamentos digitais, mas também pode viabilizar a proteção dos dados do usuário. Veja que essa iniciativa está imbuída dos conceitos de democratização do acesso à tecnologia, pois atinge um número enorme de pessoas, e de agilidade, já que dispensa a substituição do aparelho celular para tornar-se disponível.
No contexto brasileiro, um país de dimensões continentais e com realidades digitais distintas, as iniciativas de inclusão digital devem equilibrar igualmente a segurança e a educação financeira. Enquanto fortalecemos as medidas de segurança para proteger os usuários no crescente mundo digital, é vital também investir na educação. Essa abordagem dupla permite que a transição para tecnologias como QR Code e Tap to Phone não seja apenas segura, mas também inclusiva e enriquecedora, capacitando os indivíduos a tomar decisões informadas e responsáveis no universo financeiro digital.
Como exemplo do avanço na segurança das transações digitais vale mencionar a tokenização. Essa tecnologia transforma a maneira como os pagamentos digitais são processados, reduzindo drasticamente o risco de fraude. Ao substituir informações sensíveis do cartão por tokens digitais, as transações se tornam mais seguras e o processo de compra é facilitado, proporcionando uma experiência mais fluida e sem atritos. A tokenização está se tornando um componente chave no ecossistema digital, sendo essencial para a evolução do setor de pagamentos e preparando o terreno para futuras inovações, como a internet das coisas.
Um exemplo adicional de democratização da inovação é a transformação da mobilidade urbana por meio da tecnologia de pagamento. A introdução de carteiras digitais e pagamentos por aproximação nos sistemas de transporte simplifica o pagamento de passagens, eliminando filas e o uso de dinheiro físico. Isso otimiza o embarque e desembarque, tornando a experiência mais prática, especialmente para turistas. Além disso, gera dados úteis para melhorar o planejamento urbano. No Rio de Janeiro, a solução da Visa implementada no metrô e ônibus exemplifica essa eficiência, facilitando os pagamentos e melhorando a experiência dos usuários.
A inclusão digital está se tornando indissociável da inclusão financeira. Democratizar o acesso à tecnologia e inovação é mais do que um objetivo empresarial; é um imperativo social. O papel do celular como meio principal para essa democratização é inquestionável. Combinado com esforços contínuos em segurança e educação, estamos pavimentando o caminho para uma transição robusta e segura para o mundo online, criando um futuro mais inclusivo e acessível para todos.
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