IA precisa estar integrada à estratégia de negócios
Para executivos do SAS, empresas não podem cair na tentação de adoção a tecnologia pela tecnologia. Ela precisa ser parte dos negócios
O rápido avanço da inteligência artificial (IA) revela a importância de as empresas não apenas entender a tecnologia, mas também de aplicá-la de maneira eficaz. É o que acredita
Kimberly Nevala, strategic advisor do SAS. Segundo ela, o sucesso para a adoção de IA requer o envolvimento de toda a organização, desde os altos executivos até a equipe de base.
Antes de chegar nesse ponto, no entanto, Kimberly revela três passos cruciais para garantir uma experiência bem-sucedida com IA. “Para construir uma IA eficaz, é preciso contar com o componente de analytics, lembrando sempre que as empresas devem pensar em suas estratégias de negócios, e não IA. IA é usada para resolver um problema de negócios, não o contrário”, conta. Os dois outros passos são, segundo ela, educação, que deve ser aplicada por meio de um programa, e investir em uma fundação, com governança de dados.
Ao discutir o treinamento e implementação da IA, Kimberly enfatiza a necessidade de uma abordagem educacional abrangente em todos os níveis da organização. Ela destaca que a cereja do bolo em IA é sobre entender suas limitações e aplicabilidades em diferentes contextos. “Todo mundo na organização precisa ser ativamente envolvido nessas discussões. É essencial que haja um nível de literacia funcional em todos os níveis.”
Quando questionada sobre os desafios das empresas em torno da IA, Kimberly revelou para a tendência de “caça ao problema”, onde as organizações buscam aplicar a tecnologia sem uma estratégia clara. Ela destaca a importância de equilibrar o portfólio de aplicações de IA e priorizar os investimentos com base no valor gerado.
“O desafio para muitas organizações agora é como equilibrar esse portfólio de prioridades e garantir que a aplicação da IA seja estratégica e não apenas uma corrida para adotar a tecnologia da moda”, assinala.
Além da IA
André Novo, country manager do SAS Brasil, reiterou a necessidade de desmistificar a IA, afirmando que ela não deve ser tratada como uma solução isolada, mas, sim, como um componente integrado à estratégia de negócios. Ele ressalta a importância de aproveitar as soluções existentes e enriquecê-las com a IA, em vez de buscar desenvolver novas soluções do zero.
Novo apontou ainda a importância da confiabilidade da IA, especialmente quando se fala em IA generativa, não apenas para as empresas, mas também para os governos. Ele enfatiza a necessidade de casos práticos e produtivos de IA generativa, em áreas como análise de risco e prevenção de fraudes.
“Para ter o uso da GenAI em produção, é necessário abordar todos os aspectos. Os casos práticos de IA generativa são promissores, mas é crucial avaliar quando e como usá-los para aumentar a produtividade.”
No contexto brasileiro, Novo destaca o foco da SAS em setores como finanças, governo, telecomunicações e varejo, refletindo as tendências globais. Ele observa um aumento significativo no interesse do governo brasileiro pela IA nos últimos anos na análise de dados e uso da tecnologia. “Estamos vendo um movimento crescente do governo brasileiro em direção à IA nos últimos anos, o que reflete uma tendência global em direção à adoção da tecnologia”, finaliza.
*A jornalista viajou a convite do SAS
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