Fundo de IoT anuncia investimento de R$ 4 milhões na Monuv
Startup é primeira a receber parte dos R$ 240 milhões geridos pela Indicator Capital. Empresa promete transformar câmeras usando IA
A Indicator Capital, gestora brasileira de venture capital, anunciou esta semana o primeiro investimento feito usando recursos do Fundo 2 IoT, lançado em maio para fomentar soluções de internet das coisas. Trata-se de um aporte de R$ 4 milhões na Monuv, startup cuja solução transforma câmeras de segurança comuns em dispositivos inteligentes aplicando inteligência artificial (IA).
O fundo tem entre seus principais investidores (ou âncoras) a Qualcomm Ventures e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de Banco do Brasil, Multilaser, Lenovo, Motorola e Vivo. A Indicator é responsável por gerir R$ 240 milhões amealhados entre essas empresas.
Leia mais: Duratex anuncia fundo de R$ 100 milhões para acelerar construtechs
Com duração de 10 anos, o fundo investirá em até 30 empresas em estágio inicial (Seed e Serie A).
Segundo a gestora, a Monuv foi investida tanto pela plataforma como pelo potencial de mercado. A startup oferece um software na nuvem capaz de se conectar com qualquer câmera de segurança e aplicar IA para gerar alertas em tempo real de forma autônoma. Isso inclui risco de invasão, presença ou ausência de indivíduos, tráfego e fluxo de pessoas e veículos, entre outros.
“Com este capital, vamos acelerar nosso propósito de revolucionar a forma como as pessoas e empresas usam suas câmeras de segurança. Transformar uma câmera comum em smart provocará uma disrupção tão marcante quanto a chegada dos smartphones”, diz em comunicado Camila Rissi, cofundadora e CEO da Monuv.
Atuação da venture
Com o investimento, a Indicator passa a atuar de forma mais próxima à Monuv e os fundadores, dando apoio no planejamento estratégico, na estruturação da governança, na aceleração da tecnologia e no crescimento do negócio. O objetivo é uma futura rodada série A com outros investidores.
Derek Bittar será o representante do fundo no conselho da companhia. Outras seis empresas devem ser investidas até o fim do ano. “Estamos finalizando mais dois investimentos, que são muito distintos da solução da Monuv”, diz Derek Bittar, cofundador da Indicator.