EUA acusam hackers chineses por ataques cibernéticos amplos

A Administração Biden impôs sanções e apresentou acusação criminal contra hackers chineses por ataques à infraestrutura crítica dos EUA

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1:00 pm - 26 de março de 2024
Imagem: Shutterstock

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (25) uma acusação criminal e sanções contra um grupo de hackers chineses, acusados de conduzir ataques cibernéticos amplos contra empresas e autoridades governamentais americanas. Os hackers teriam atacado setores vitais da infraestrutura, incluindo empresas de defesa contratadas pelo exército dos EUA. A Embaixada da China em Washington alega que as acusações são infundadas.

Em uma investida digital de larga escala, sete indivíduos chineses foram formalmente acusados nos tribunais federais dos EUA. Por alguns meses, em 2018, os hackers enviaram mais de 10.000 e-mails maliciosos para altos funcionários do governo dos EUA, assim como seus assessores na Casa Branca, Departamento de Justiça e outras agências. Eles também miraram senadores, tanto democratas quanto republicanos, em mais de 10 estados diferentes, conforme detalhado na acusação.

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Toda a operação teria resultado na violação de dados de milhões de cidadãos americanos, com suspeita de que tais ações tinham o intuito de influenciar o funcionamento das instituições democráticas do país, segundo o governo Biden. Em resposta, autoridades americanas anunciaram sanções contra dois dos acusados e ofereceram uma recompensa substancial por informações sobre o grupo de sete indivíduos.

A China negou veementemente as acusações, rejeitando as alegações de hacking e acusando os EUA de conduzirem suas próprias operações de hacking. “Sem evidências válidas, os EUA chegaram a uma conclusão injustificada e fizeram acusações infundadas contra a China”, disse Liu Pengyu, porta-voz da embaixada da China em Washington, DC, em um comunicado à CNN.

Por sua vez, as autoridades dos EUA acusaram os homens chineses de usar uma empresa de tecnologia chinesa como fachada para realizar atividades de hacking em nome do Ministério de Segurança do Estado da China. Conhecido como APT31 ou Panda do Julgamento, o grupo de hackers tem como alvo diversos setores, desde escritórios de advocacia nos EUA até empresas industriais europeias e marcas de vestuário internacionais. Antes das eleições dos EUA de 2020, hackers associados ao grupo tentaram sem sucesso invadir contas de e-mail ligadas à campanha de Biden, segundo a Microsoft.

Paralelamente, o governo britânico afirmou que o mesmo grupo provavelmente esteve envolvido em invasões à Comissão Eleitoral do Reino Unido em anos anteriores, embora esses ataques não tenham impactado diretamente nos processos eleitorais ou nos direitos dos eleitores.

O Ministério das Relações Exteriores da China já havia rejeitado os relatos que indicavam que o governo britânico estava prestes a atribuir a Pequim operações de hacking direcionadas à Comissão Eleitoral do Reino Unido e parlamentares. Em uma declaração aos repórteres, o ministério expressou sua oposição à “politização” da cibersegurança por parte de países estrangeiros.

*Com informações da CNN

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Redação

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