Estudo: ataques feitos por bots saltam 40% no 1º semestre

Pesquisa da LexisNexis Risk Solutions coloca México e Brasil na lista dos dez principais criadores de ataques por bots

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2:46 pm - 19 de setembro de 2021
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Os ataques por bots saltaram 41% ao longo do ano, enquanto os iniciados por humanos caíram 29%. Os dados são da LexisNexis Risk Solutions e fazem parte do Relatório sobre Crimes Cibernéticos, referente ao primeiro semestre.

O levantamento analisou 28,7 bilhões de transações durante o semestre, uma alta de 28% em relação ao ano anterior, que se deve à ascensão dos pagamentos digitais durante a pandemia. Por outro lado, esse crescimento vem chamando a atenção dos fraudadores.

“O atual relatório não apenas confirma a confiança dos cibercriminosos em processos automatizados, mas também revela que os fraudadores estão estabelecendo redes mais sofisticadas e expansivas para realizar as fraudes”, avaliou Stephen Topliss, vice-presidente de  fraude e identidade da LexisNexis Risk Solutions.

Com base em endereços IP de bots, o México se une ao Brasil na lista dos dez principais criadores de ataques por bots em volume, consolidando a América Latina como foco de ataques, tanto automatizados quanto iniciados por humanos.

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De modo geral, o relatório mostra que todas as regiões do mundo apresentaram um aumento no volume de bots entre janeiro e junho, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ásia-Pacífico e América Latina tiveram o maior crescimento, enquanto a Europa o menor.

Quanto aos tipos de transações, os serviços e carteiras digitais “compre agora, pague depois” (BNPL) avançaram 182% no comparativo ano a ano. Ao passo que a modalidade será cada vez mais utilizada pelos consumidores, a pesquisa aponta que ela cria novas vias de ataques para os cibercriminosos.

Por outro lado, as instituições de serviços financeiros adotaram novos métodos para rastrear transferências de dinheiro. Os avanços relacionados à inteligência do beneficiário na Rede de Identidade Digital estão tornando menos complicados para que as organizações monitorem essas movimentações. Isto inclui os casos em que o beneficiário tenta ocultar o seu rastro ao dividir o pagamento inicial e encaminhá-lo para outras entidades da rede de pagamento.

“As explosivas taxas de crescimento de transações dos usuários em setores da indústria, como bancos virtuais e ‘compre agora, pague depois’, provavelmente estão expondo riscos emergentes a esses novos negócios à medida que chamam a atenção dos fraudadores”, destacou Stephen Topliss.

“Os negócios digitais que sobreviverão e prosperarão serão aqueles que implementam soluções de prevenção contra crimes cibernéticos em camadas, à medida que crescem”, finaliza.

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