Empresas pouco fazem para melhorar habilidade em dados de funcionários

Segundo Qlik, apesar de empresas reconhecerem a importância da alfabetização de dados, poucas investem em atualizar colaboradores

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6:04 pm - 24 de março de 2022

A alfabetização de dados será a habilidade mais procurada até 2030, na visão de líderes empresariais e funcionários ouvidos na pesquisa Data Literacy: The Upskilling Evolution, realizado pela Qlik em parceria com The Future Labs. Para 85% dos executivos, ela se tornará tão vital no futuro quanto é hoje a capacidade de usar um computador.

A capacidade de ler, trabalhar, analisar e se comunicar com dados, entretanto, já é exigida atualmente em muitas funções dentro das organizações. Funcionários ouvidos pelo estudo relatam que o uso de dados e sua importância para a tomada de decisões dobraram no ano passado, enquanto 89% dos executivos esperam que todos os integrantes da equipe possam explicar como os dados influenciaram suas decisões.

Se por um lado as organizações possuem altas expectativas em relação a literacidade de dados dos seus funcionários, de outro, são poucas que estão atuando efetivamente para atualizar as habilidades de seus times. Pouco mais de um em cada cinco funcionários acredita que seu empregador os está preparando para um ambiente de trabalho mais automatizado e orientado a dados (21%). Enquanto isso, a maioria dos líderes de negócios prevê uma reviravolta nas práticas de trabalho devido à rápida adoção da inteligência artificial (IA).

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O estudo faz um alerta às organizações: 35% dos funcionários pesquisados relataram que mudaram de emprego nos últimos 12 meses porque seu empregador não estava oferecendo oportunidades suficientes de capacitação e treinamento.

Segundo o estudo, as organizações estão aumentando seu treinamento em alfabetização, mas principalmente para aqueles que trabalham em funções específicas relacionadas a dados (58%), como analistas e cientistas de dados. Apenas um em cada 10 oferece esse treinamento para profissionais de RH, finanças e marketing (12%, 11% e 10%, respectivamente), apesar de mais de dois terços dos funcionários que trabalham nessas funções afirmarem que a alfabetização de dados já é necessária para cumprir suas funções atuais (70%, 74% e 67%, respectivamente).

“Com frequência ouvimos as pessoas falarem sobre como os funcionários precisam entender de que maneira a inteligência artificial mudará a forma como eles desempenham seus papéis. Entretanto, o mais importante é ajudá-los a desenvolver as habilidades que lhes permitam agregar valor ao resultado desses algoritmos inteligentes”, diz Elif Tutuk, vice-presidente de Inovação e Design da Qlik. “A alfabetização de dados será fundamental para estender a colaboração no ambiente de trabalho para além do engajamento de humano para humano, para que os funcionários aumentem a inteligência da máquina com criatividade e pensamento crítico.”

O estudo ainda indica que a automação ganhará o protagonismo das organizações a ponto de dedicar uma liderança específica para isso. 40% dos C-Level entrevistados preveem que sua organização contratará um “Chief Automation Officer” nos próximos três anos, subindo para mais de 99% na próxima década.

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