Eduardo Lopez: Muitos experimentam IA, mas poucos levam à produção

Google Cloud acaba de anunciar residência de dados armazenados em data center do Brasil

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2:12 pm - 12 de abril de 2024
Eduardo Lopez, presidente do Google Cloud na América Latina e Ricardo Fernandes, country manager Brasil do Google Cloud Eduardo Lopez, presidente do Google Cloud na América Latina e Ricardo Fernandes, country manager Brasil do Google Cloud Fotos: Divulgação

Os usos de Inteligência Artificial estão a todo vapor em todo o mundo – mas ainda não são a maioria que viram casos de negócios. Ao menos essa é a opinião de Eduardo Lopez, presidente do Google Cloud na América Latina. Em entrevista durante o Google Next ’24, o executivo afirmou ver no mercado muitas empresas experimentando a tecnologia

“Entretanto, poucos estão levando para a produção e, menos ainda, escalam essas produções. Há muita implementação, mas as companhias estão tentando achar um bom caso de uso para virar um caso de negócio”, revela ele.

Ricardo Fernandes, country manager Brasil do Google Cloud, compartilha desse pensamento e diz que, nacionalmente, praticamente todos os setores estão avançando minimamente na experimentação e, alguns deles, para a produção. Segundo ele, um dos usos mais difundidos é o de atendimento ao cliente, que está sendo aplicado em quase todos os setores.

Os lançamentos da empresa, feitos essa semana em Las Vegas, prometem ajudar os clientes do Google Cloud a alcançar seus objetivos com Inteligência Artificial e, consequentemente, manter os bons resultados da big tech esse ano.

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Em 2023, apesar de todos os desafios no setor de tecnologia, foi positivo para a companhia. Lopez frisa que a América Latina é sempre complexa, mas que o Google Cloud teve a capacidade de buscar mercados, mesmo em crises.

“Nós vemos 2024 como um ano que permanece do mesmo jeito. Tivemos um primeiro trimestre positivos e vemos aqui quantos clientes estão sendo bem-sucedidos. Por isso, esse ano tem uma tendência a ser muito bom”, comemora o presidente Latam.

Nesse contexto, o Brasil é o maior mercado da América Latina para o Google Cloud. Para continuar crescendo, a empresa aposta em uma estratégia de regionalização, por meio de seus parceiros. O foco central é sair do eixo Rio-São Paulo.

“A economia [brasileira] está retomando, os indicadores estão apontando para uma retomada, juros caindo, crédito mais acessível e isso já tem um reflexo nos clientes. Ano passado, eles falavam muito sobre como reduzir custo. Agora, a redução continua, mas as conversas são sobre como ganhar eficiência, produtividade e como inovar”, complementa Fernandes.

De acordo com o country manager, a escolha de fornecedores deixa de ser apenas pelo custo e passa a ser sobre a experiência do cliente e, para ele, a Inteligência Artificial tem esse poder de trazer uma nova experiência e aumentar a produtividade.

Com foco nessa nova busca dos clientes, o Google acaba de anunciar a expansão da residência de dados armazenados em repouso para APIs no Gemini, Imagen e Embeddings na Vertex AI para o Brasil e outros dez países.

Agora, os clientes podem limitar o processamento de machine learning aos Estados Unidos ou à União Europeia ao usar o Gemini 1.0 Pro e o Imagen. Ou seja, as novas regiões oferecem aos clientes mais controle sobre onde os seus dados são armazenados e como são acessados, facilitando o cumprimento dos requisitos regulamentares e de segurança.

“Quando estruturamos nossas regiões de data center, colocamos diferentes funções e escopos de processamentos. Tudo que seja Gemini estará com residência de dados no Brasil. Isso é muito importante para empresas de saúde, governo e finanças e é uma novidade pois não estava no escopo do data center do Brasil”, comemora Lopez.

*a jornalista viajou a convite da empresa

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Laura Martins

Editora do IT Forum. Jornalista com mais de dez anos de atuação na cobertura de tecnologia. É a quarta jornalista de tecnologia mais admirada no Brasil, pelo prêmio “Os +Admirados da Imprensa de Tecnologia 2022” e tem a experiência de contribuições para o The Verge.

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