E-commerce brasileiro fatura R$ 161 bi em 2021
Um crescimento de 26,9% frente a 2020. Segundo Neotrust, segmento deve faturar 9% a mais em 2022
O e-commerce brasileiro obteve faturamento recorde em 2021, ou R$ 161 bilhões, crescimento de 26,9% comparado ao ano anterior. O número de pedidos aumentou 16,9%, com 353 milhões de entregas, segundo levantamento divulgado nessa terça (1º) pela Neotrust.
Segundo a empresa, são monitorados de mais de 85% do e-commerce brasileiro. O ticket médio registrou aumento de 8,6% em relação a 2020, atingindo média de R$ 455 por compra.
“O varejo online continua com tendência de crescimento, mesmo após a flexibilização das restrições devido à pandemia e a retomada gradual do comércio físico”, diz Paulina Dias, head de inteligência da Neotrust. “Apenas no quarto trimestre de 2021 foram realizados 101,6 milhões de pedidos, contra 86,6 milhões em 2020.”
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As categorias com mais pedidos foram moda, beleza e perfumaria, e saúde – que apresentou crescimento de 87% no faturamento de venda de remédios online em 2021. Celulares, eletrodomésticos e eletroeletrônicos foram os segmentos com maior faturamento.
As regiões de maior destaque são o Sudeste, que concentrou 62,3% das encomendas de 2021, e o Nordeste, com 15,1% – o equivalente a 3,5 pontos percentuais a mais que em 2020 para a região.
Projeção para 2022
Segundo projeção da Neotrust para o ano que vem, a receita do e-commerce deve crescer cerca de 9%, atingindo faturamento recorde de R$ 174 bilhões. A inflação, o dólar elevado e a projeção pessimista do PIB brasileiro são fatores que podem impactar negativamente o crescimento do varejo online.
A expectativa é que os pedidos pela internet aumentem em 8%, totalizando 379 milhões de compras. Já o ticket médio deve se manter estável, com aumento de cerca de 1%, estimado em R$ 460 por pessoa.
“Para 2022 é esperado que haja uma expansão no marketplace, com as empresas mais preparadas para este canal. Outra tendência é a melhoria na interação do físico com o digital, que irá permitir mais eficiência nas compras e na relação do consumidor com a loja”, diz Fabrício Dantas, CEO da Neotrust.
