Dados inteligentes: a alma da produtividade

Dados só são úteis quando deixam de ser meros números e passam a ser usados como informações valiosas, estratégicas e precisas

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5:45 pm - 16 de setembro de 2021
big data, dados Imagem: Shutterstock

Nunca foi tão fundamental direcionar a comunicação de sua empresa para impactar as pessoas certas. Isso pode ser um desafio gigantesco se levarmos em consideração que, atualmente, o Brasil conta com mais de 134 milhões de usuários de internet, ou seja, 74% da população com 10 anos ou mais, de acordo com a pesquisa TIC Domicílios, divulgada em 2020.

Com uma verdadeira obrigação de se adequar à multicanalidade e com o ritmo exponencial de crescimento da migração dos negócios para o ambiente digital, a utilização de dados não só confiáveis, como de fato inteligentes, tornou-se mais uma ação imperativa para que os investimentos em comunicação tenham o melhor resultado com o menor nível de dispersão possível.

De acordo com uma estimativa do Gartner, é possível que haja um total de 40 trilhões de gigabytes de dados no mundo – isso significa 2,2 milhões de terabytes de novos dados gerados diariamente. Uma outra pesquisa, realizada pelo MIT Technology Review, chamada Evolution Report Latam, aponta também que 93% dos líderes em organizações na América Latina têm uma abordagem centrada no cliente para a aplicação de dados, considerando-a fundamental para fornecer melhores resultados.

Portanto, explorar bem os dados é, indiscutivelmente, um diferencial para o negócio. Mas para que os dados tenham utilidade, eles não podem existir por existir, eles precisam ter alma e fazer parte do DNA da empresa. Afinal, dados só são úteis quando deixam de ser meros números e passam a ser usados como informações valiosas, estratégicas e precisas, com muita inteligência. Inteligência essa que pode – e deve – ser artificial, pois escala a habilidade humana, combinando e interpretando um volume incrível de dados, transformando-os em conhecimento aplicado. 

Soluções de IA utilizam uma larga massa de dados para poder encontrar padrões, traçar os perfis de consumidores, oferecer recomendações de marcas e produtos, direcionar anúncios publicitários, entre outras possibilidades.

O trabalho de inteligência, agora humana, é saber aproveitar o que a tecnologia oferece. Com a massa de dados devidamente segmentada, é função da gestão dos negócios entender como usá-los com mais eficiência no relacionamento com seus públicos e potenciais novos clientes, usando, para isso, uma combinação de processos e ferramentas adequadas.

De acordo com um estudo realizado pela Tail, empresa de inteligência de dados recentemente adquirida pela TOTVS, que analisou 80 milhões de impressões de banners distribuídos em 42 campanhas online diferentes, quando as entregas são clusterizadas por audiência, a taxa de cliques tem um aumento médio de 70% em comparação com o alcance de ações sem segmentação. Ou seja, segmentar as suas comunicações permitirá uma melhor análise e a criação de um perfil de consumidores mapeados em seu banco de dados, ao mesmo tempo que garantirá que todos os dados recebidos também passem a ser segmentados adequadamente.

Contudo, com um consumidor cada vez mais complexo e a necessidade de se adequar à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), essa tarefa pode se tornar um desafio para empresas de qualquer porte. Clientes agora têm o direito de escolher quais dados pessoais compartilham e com quem, e isso deve ser estritamente respeitado.

Por isso, empresas especializadas e cientistas de dados se dedicam não só a criar soluções que facilitem a coleta de informações, mas também a adequá-las aos novos tempos e encontrar maneiras de transformar números em dados inteligentes – e que ainda permitam que as empresas se tornem mais produtivas, fazendo mais por menos.

Como resultado, a área de marketing passa a ser ainda mais estratégica para o desempenho do negócio, criando campanhas e comunicações com altos níveis de produtividade, atingindo as pessoas que realmente possam ter interesse em seus produtos e serviços, com um grande nível de retorno. 

Dados realmente precisam ser confiáveis, mas isso não basta. Dados precisam ser inteligentes e, principalmente, ter alma, se expandindo a partir da estruturação e interpretação ao nível de conhecimento e alcançando a sabedoria que conecta as pessoas. Somente desta forma será possível dialogar com o público de uma forma genuína, criando uma comunicação efetiva que impacte o consumidor no local certo, no momento certo e da forma correta, gerando possibilidades reais de negócio.

ALMA Digital + Business Agility + Dados Inteligentes = Strategic Agility

* Valdemir Marques é diretor executivo de Large Enterprises da TOTVS

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