Cultura é motor da Dextra, terceira colocada entre as médias no GPTW TI

Para diretor de RH da empresa de desenvolvimento de software, tema é diferencial construído ao longo dos 16 anos de existência do negócio

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9:11 pm - 18 de outubro de 2018

Fundada em 2002 por três ex-alunos de engenharia da computação da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, hoje a Dextra soma 270 funcionários, buscando sempre inovar no desenvolvimento de software. O crescimento dos negócios e do número de colaboradores, no entanto, não foi um processo traumático, como muitas vezes acontece com startups. O aliado? A cultura.

“Nossa cultura é nosso motor. Acordamos e vamos dormir com isso em mente. É a forma que geramos valor ao mercado”, conta Eduardo Coppo, um dos fundadores da Dextra e diretor de Recursos Humanos.

Dextra Dir 12Coppo reconhece que manter a cultura é um desafio diário. Mas o diferencial da Dextra, terceira colocada no ranking das Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom do GPTW, publicado anualmente pela IT Mídia, está no fato de que todos os colaboradores se preocupam com a questão. “Criamos um ambiente diferente para trabalhar. Quando fundamos a empresa, um dos nossos grandes objetivos era esse. Ao longo do tempo, nossas práticas evoluíram, mas sempre tivemos um ambiente aberto e de muita comunicação.”

A manutenção da cultura, detalha o executivo, acontece todos os dias, seja em conversas formais ou informais com todos do time, como também por meio de eventos, que mostram a evolução da cultura. Exemplo recente dessa prática foi o Dextransforming Days, ciclo de workshops e palestras. “Toda semana, tivemos uma atividade e o tema principal foi cultura”, revela ele.

Referência para outras empresas

O executivo conta que o tema é tão forte na empresa que a Dextra passou a ser referência para outros negócios. “Muitas companhias vêm até nós para fazer bechmark. Somos muito abertos a isso”, diz Coppo, acrescentando que práticas como criação de salas de jogos, ambiente aberto sem paredes e locais para descanso podem ser implementadas em qualquer empresa, mas a cultura é algo único, que se constrói.

A Dextra também é reconhecida como uma empresa de pouca hierarquia, que empodera o colaborador para que ele tome decisões e para que ele também tenha espaço para errar.

“Construímos um ambiente que fomenta a inovação. Um ambiente que se possa testar coisas novas e permite errar. Porque errar faz parte do processo de aprendizado. Não existe inovação sem isso”, observa. “Damos autonomia ao colaborador, porque ele acaba sendo um profissional mais completo.”

Colaboração no cerne dos negócios

Quando ele e seus sócios fundaram a Dextra, Coppo tinha uma grande certeza em mente: criar uma empresa onde todos sentissem orgulho de estar e de trabalhar. Esse ambiente fomentou o trabalho altamente colaborativo, iniciado lá nos primeiros anos de vida da empresa e mantido até os dias de hoje. “Trocamos muitas informações e isso reflete em nossas práticas”, comenta ele.

E esse é um trabalho de todos, não só da área de Recursos Humanos. Tanto é que a transmissão de conhecimento está no DNA da Dextra e é realizada formal e informalmente. “Isso é transformador para o ambiente de trabalho.”

O conhecimento também está relacionado à trilha que o talento quer seguir na empresa. Coppo aponta que cada colaborador entende sua jornada de crescimento e a empresa oferece instrumentos para que ele possa segui-la.

“No Comitê de Mérito, avaliamos individualmente cada um dos colaboradores e quem faz a avaliação é o próprio time. O time apresenta gaps e recomendações de promoção. Nenhuma recomendação vem do RH, ou de uma avaliação de desempenho, vem um comitê de mérito”, orgulha-se ele.

Nesse contexto, o feedback é bastante importante, revela. Coppo indica, inclusive, que a Dextra é referência em feedback, segundo o GPTW. Há feedbacks formais dos colegas, do superior e ainda do mentor. Esse é, de acordo com o executivo, um direcionador importante da carreira do talento, que sabe exatamente o que precisa desenvolver para alçar voos mais altos.

Comunicação é chave

Adquirida integralmente em setembro de 2018 pela também brasileira Mutant, focada em customer experience (CX), a Dextra acredita que a transparência e a comunicação com os colaboradores foram chave no processo. “A preocupação dos colaboradores não foi nos questionar se seriam mandados embora. Foi se iríamos mudar a forma que trabalhamos hoje, a maneira que fazemos nossos projetos, ou seja, a interferência na cultura da empresa”, relatou Coppo.

O executivo revela que a Mutant valoriza muito a cultura da Dextra. Até por isso, optou por mantê-la como unidade de negócios autônoma. “Eles viram que esse era o nosso grande valor.” Um dos pilares da cultura da Dextra é também a diversidade, tema que a companhia entende como crucial. Afinal, diferentes opiniões enriquecem os produtos e ainda agregam valor ao trabalho da empresa.

Com expectativa de crescimento ainda mais acelerado para os próximos meses, a comunicação, aponta o diretor de RH, será ainda mais importante e presente. “Vamos escalar também nosso jeito de ser”, finaliza.

Top 3 entre as Médias no ranking GPTW TI

1º Microsoft

2º Visagio

3º Dextra

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