COVID-19: empresas realocam investimentos de marketing no e-commerce

Pesquisa da startup Inflr mostra que a primeira reação das empresas foi colocar o pé no freio nas campanhas que estavam previstas ou em andamento

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4:30 pm - 28 de abril de 2020
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A pesquisa “O marketing digital em tempos de pandemia: o que mudou”, da Inflr, aponta que o varejo está em busca de alternativas para evitar uma queda das receitas e se manter mais próximo do consumidor em 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus. Apesar de, por precaução, os investimentos em marketing como um todo terem se retraído, por outro lado está ocorrendo um redirecionamento de verbas.

O levantamento foi realizado entre 9 e 30 de março, e mostra que a primeira reação das empresas foi colocar o pé no freio nas campanhas que estavam previstas ou em andamento, o que levou a uma retração de 60% dos investimentos em marketing no período. “O número parece grande em um primeiro momento, mas o choque é momentâneo. A busca é pela adequação das campanhas para a nova realidade. Todas aquelas que tratavam de vendas físicas em loja, por exemplo, foram estancadas”, explica Thiago Cavalcante, diretor de Novos Negócios da Inflr, startup especializada em ações com influenciadores digitais.

De acordo com a pesquisa, que analisou o comportamento de 100 marcas de todo o país de empresas de todos os portes e de diversos segmentos, a redução dos investimentos em marketing não é algo definitivo para a maioria. Dos investimentos que foram estancados, mais da metade (53,5%) serão realocados em outras campanhas. “Alguns projetos como o lançamento de apps próprios para vendas estão sendo tirados da gaveta, casos de farmácias e supermercados. Assim as campanhas deixam de ser de promoção de produtos para novos apps que podem atender melhor o público que está em casa, cuidando de sua segurança”, diz Cavalcante.

Ele observa ainda que uma grande parte da redução da alocação das verbas de marketing está relacionada ao cancelamento de eventos presenciais. Das verbas realocadas, o levantamento identificou que 41% estão voltadas para promoções de e-commerce; 27% para a divulgação de apps e o restante (32%) são de campanhas institucionais que visam dar apoio à população durante o período da quarentena.

Segundo o levantamento, as marcas ampliaram as campanhas realizadas junto a influenciadores digitais, que têm ganhado espaço e visibilidade durante a quarentena. Dos profissionais de marketing ouvidos pela pesquisa, 55% declararam que realocaram a verba para a contratação de influenciadores. “O país está num momento no qual a empatia, a sensibilidade e a solidariedade serão muito valorizadas. Presas em suas casas, as pessoas desejam ouvir vozes conhecidas, ver pessoas amadas e buscar informações de alguém em quem possam confiar”, completa Cavalcante.

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