Cibercriminosos se passam por CFOs para dar golpes

Segundo descoberta da Avavan, atacantes tentaram enganar funcionário para fazer transferências

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11:14 am - 29 de agosto de 2022

Golpes de engenharia social, onde cibercriminosos se passam por executivos do alto escalão, têm se tornado cada vez mais comuns. Por serem tão convincentes, o FBI registrou US$ 43 bilhões em perdas com estes golpes entre 2016 a 2021, representando mais de 240 mil incidentes.

Pesquisadores da Avanan, empresa de segurança de colaboração e e-mail, capturaram e bloquearam um ataque cibernético que falsificou uma mensagem onde o atacante se passava por um CFO de uma grande organização esportiva. O golpe solicitava envio de dinheiro.

Segundo a Avanan, os atacantes tentaram enganar um funcionário da área financeira de nível hierárquico inferior para enviar fundos para uma suposta companhia de seguros. A técnica de ciberataque usada é conhecida como ataque Business E-mail Compromise (BEC), por meio da qual os cibercriminosos se passam por executivos de nível C para obter ganhos financeiros.

“Descobrimos esse ataque que falsificava o e-mail do CFO de uma grande organização esportiva. O falso CFO pede a um funcionário da área financeira para enviar uma transferência eletrônica para o que parece ser uma companhia de seguros, mas iria direto para o atacante. Nesse caso, conseguimos bloquear o ataque com sucesso”, explica Jeremy Fuchs, pesquisador e analista de cibersegurança na Avanan.

Esses ataques cibernéticos, vistos com frequência, são particularmente difíceis de parar porque muitas vezes não há malware ou links maliciosos. O corpo do texto das mensagens não é tão diferente do que é normalmente enviado.

Ainda de acordo com a Avanan, a Cisco foi recentemente vítima de um ataque semelhante. Segundo a empresa, um atacante conseguiu roubar a senha de um funcionário, em seguida fingiu ser de uma organização de confiança durante chamadas telefônicas e e-mails.

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“Isto é uma escalada do tradicional ataque BEC, mas faz tudo parte da mesma família. A ideia é utilizar nomes e parceiros de confiança para conseguir que funcionários entreguem credenciais ou transfiram dinheiro. Sem utilizar malware, anexos ou links maliciosos, estes hacks representam o ápice da engenharia social”, destaca a Avanan.

“Os usuários finais devem sempre ter cautela antes de efetuarem pagamentos, confirmando diretamente com o CFO sempre e antes de pagar. Duas importantes recomendações são, primeiro, que as pessoas implementem segurança avançada de e-mail que verifique mais de um fator para determinar se um e-mail é malicioso ou não; e segundo, que se certifiquem de ler atentamente o e-mail por inteiro antes de agir, procurando por quaisquer discrepâncias”, alerta Fuchs.

O estudo ainda reforça que este tipo de ataque tem sido visto numa variedade de empresas e de setores. Qualquer CFO ou executivo de alto escalão é um alvo potencial. “O melhor, portanto, é bloquear de forma proativa estes ataques para que os usuários finais não tenham de tomar uma decisão sobre se um pedido ou e-mail é ou não legítimo”, recomenda a empresa.

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