Como o cibercrime profissionalizou o Phishing as a Service

Serviço em ascensão ganhou forma na Dark Web, atingindo agora apps de mensagens como o Telegram, alerta ESET

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9:00 am - 23 de outubro de 2023
Phishing as a Service Imagem: Shutterstock

O Phishing as a Service (PaaS) tem preocupado os especialistas em segurança cibernética. O serviço clandestino que cresceu na Dark Web agora pode ser encontrado também na surface web, tornando-se uma ameaça crescente. O alerta é feito pela empresa de cibersegurança ESET.

O phishing é uma técnica que busca enganar usuários para que revelem informações confidenciais, como senhas ou dados de cartão de crédito. Embora esse método exista há décadas, sua comercialização como serviço é relativamente nova.

Por meio do Phishing as a Service, até mesmo aqueles que possuem habilidades técnicas limitadas podem lançar ataques de phishing. Por uma taxa, os provedores oferecem tudo o que você precisa: de sites falsificados a campanhas de e-mail em massa e técnicas de evasão de detecção.

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Segundo as descobertas da ESET, por menos de US$ 100, pode-se comprar acesso a uma plataforma PaaS com modelos atualizados de sites populares, garantindo que a aparência seja a mais realista possível. Além disso, alguns serviços chegam a oferecer garantias de “satisfação”, prometendo um certo número de “vítimas” bem-sucedidas.

A migração desse tipo de serviço para à “internet na superfície” é realmente preocupante, apontam os especialistas em cibersegurança. Sob o disfarce de testes de segurança ou treinamento antiphishing, alguns sites convencionais oferecem ferramentas e serviços que podem ser usados para atividades maliciosas. Por atuar em uma área cinzenta, a prática torna ainda mais difícil para as autoridades rastrear e fechar esses sites. O mesmo acontece com os sistemas de mensagens como o Telegram,.

“A proliferação do PaaS mostra que a demanda por técnicas de phishing está aumentando e há mais de uma década é a técnica preferida dos invasores para implantar seus ataques, nessa linha é crucial que as organizações e indivíduos estejam informados e tomem medidas proativas para se proteger”, diz Mario Micucci, Pesquisador de Segurança Computacional da ESET na América Latina.

Segundo a ESET, a educação é a primeira linha de defesa. Reconhecer sinais de phishing e saber como agir pode ser a diferença entre se manter seguro e se tornar uma vítima.

“Nesta era digital, onde as ameaças estão em constante evolução, é essencial ficar um passo à frente dos cibercriminosos. A luta contra o PaaS depende não só da tecnologia, mas também da conscientização e educação”, conclui Micucci.

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Redação

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