China rebate acusações de ciberataques e sanções do Ocidente
A China negou as acusações e sanções impostas pelos EUA, Reino Unido e Nova Zelândia, em resposta a supostos ciberataques atribuídos a hackers chinese
Nesta terça-feira (26), a Nova Zelândia se juntou aos Estados Unidos e ao Reino Unido nas acusações contra hackers chineses, acusados pelos países de realizarem amplos ciberataques contra estruturas críticas de seus países.
Os hackers chineses são acusados de conduzir ataques cibernéticos em nome da agência de inteligência civil da China, mirando autoridades americanas, parlamentares britânicos, membros do Parlamento Europeu e da Nova Zelândia. Em coletiva de imprensa também na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China alegou que as acusações são “pura manipulação política”.
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Os Estados Unidos acusaram, nesta segunda-feira, sete hackers chineses de realizar ataques cibernéticos generalizados contra empresas e autoridades americanas, incluindo empresas de defesa contratadas pelo exército dos EUA. Os acusados teriam enviado milhares de e-mails maliciosos para funcionários do governo americano, visando também senadores em vários estados.
Paralelamente, as autoridades britânicas alegaram que hackers chineses teriam “muito provavelmente” invadido a Comissão Eleitoral do Reino Unido em 2021 e 2022, obtendo acesso aos dados pessoais de 40 milhões de eleitores. Além disso, essas mesmas autoridades afirmam que um grupo conhecido como APT31, supostamente apoiado pelo Estado chinês, conduziu “atividades de reconhecimento” direcionadas a parlamentares britânicos que eram abertamente críticos de Pequim no ano de 2021.
Em resposta aos ciberataques, os Estados Unidos impuseram sanções a dois dos hackers acusados e ofereceram recompensas por informações adicionais sobre o grupo. Por sua vez, o Reino Unido adotou uma medida inédita para o país ao impor sanções a dois cidadãos chineses e a uma empresa de tecnologia sediada em Wuhan.
As respostas aos ataques cibernéticos não caíram bem em Pequim. Nesta terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou ter fornecido “esclarecimentos técnicos” em resposta às informações sobre o APT31 enviadas pelo Reino Unido, criticando as evidências apresentadas como sendo “insuficientes” e “não profissionais”.
Em coletiva de imprensa, Lin Jian, porta-voz do Ministério, acusou os Estados Unidos e o Reino Unido de “manipulação política” e instou-os a parar de politizar questões de segurança cibernética. “A China está fortemente insatisfeita com isso e se opõe firmemente”, disse Jian, acrescentando que a China fez representações solenes a ambos os lados.
O Porta-voz do governo chinês também criticou o encorajamento dos EUA à aliança Five Eyes, composta pelos EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, para espalhar desinformação sobre ameaças supostamente representadas por hackers chineses por motivos geopolíticos.
No mesmo dia, a Nova Zelândia havia se somado ao coro e acusado hackers chineses supostamente ligados a Pequim de terem lançado “atividades cibernéticas maliciosas” contra o parlamento do país em 2021.
*Com informações da CNN
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