CEO da Epic Games detona políticas das lojas de apps de Apple e Google
Exigências das duas app stores são prejudiciais aos desenvolvedores, segundo executivo da dona de Fortnite
Não é de hoje que as lojas de aplicativos para dispositivos móveis App Store (iOS) e Play Store (Android) são criticadas por desenvolvedores. Em especial, pela fatia de lucros que compartilham com devs e por suas restrições. A novidade é que o CEO da Epic Games, Tim Sweeney, é mais um dos nomes que se junta ao coro de críticos das políticas de Apple e Google.
A companhia norte-americana, que possui uma loja própria e publica o sucesso Fortnite chamou a App Store de “monopólio absoluto” em entrevista recente ao CNBC. Por outro lado, Sweeeney também não poupou o Google, dizendo que suas restrições no Android se tornam uma barreira para a concorrência.
App Store e Play Store contra Fortnite
Juntas, as gigantes de tecnologia “essencialmente sufocam as lojas concorrentes”, segundo o presidente executivo da Epic Games. Ou seja, a reclamação tem motivo: as lojas de Apple e Google ganham 30% de cada venda de itens feita por meio de suas lojas em Fortnite. O game é um dos títulos presente de forma constante nas listas de apps mais rentáveis tanto da App Store quanto da Play Store.
Leia também: App desenvolvido por brasileiros busca educar crianças sobre a covid-19
“A Apple bloqueou e paralisou o ecossistema ao inventar um monopólio absoluto na distribuição de software, na monetização de software”, disse Sweeney. Além disso, o executivo também disparou contra a empresa do Android. “O Google essencialmente impede intencionalmente as lojas concorrentes com barreiras e obstruções na interface do usuário”, afirma Sweeney.
Segundo o CEO a Epic Games, as taxas abusivas de Apple e Google impedem que os aplicativos sejam mais acessíveis e que novos desenvolvedores entrem na competição. O momento da declaração coincide com a convocação dos principais executivos das duas companhias para questionamento do Congresso norte-americano.