CEOs antecipam cortes com o avanço da IA generativa
Avanço da IA generativa suscita previsões de cortes de empregos e transformações na economia global, revela pesquisa da PwC
No cenário econômico global, a ascensão da IA generativa está despertando a atenção dos CEOs, que preveem mudanças substanciais no mercado de trabalho. Uma pesquisa recente da PwC, apresentada durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, que está acontecendo nesta semana na Suíça, revelou que 25% dos líderes empresariais globais esperam que a implementação da IA generativa resulte em cortes de pessoal de pelo menos 5% neste ano.
De acordo com a Global CEO Survey, pesquisa anual que contou com entrevistas de 4.702 CEOs em 105 países e territórios, setores como mídia, entretenimento, bancos, seguros e logística são os mais propensos a antecipar perdas de empregos devido ao avanço das ferramentas de IA. Em contrapartida, empresas de engenharia e construção, junto com as do setor de tecnologia, mostram-se menos propensas a antecipar cortes significativos devido à automação.
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A IA generativa entra como uma grande aliada à automação das empresas, no entanto, os executivos demonstram percepções divergentes sobre o impacto da IA generativa nos negócios. Embora 70% dos entrevistados acreditem que essa tecnologia mudará significativamente a forma como a sua empresa cria, entrega e captura valor nos próximos três anos, quase a metade ainda a vê com expectativas mais baixas. Cerca de 47% dos executivos acreditam que ela trará mudanças limitadas ou nenhuma mudança às suas organizações, enquanto 46% acreditam que sua adoção impulsionará a lucratividade nos próximos 12 meses.
Ainda assim, a curto prazo, 58% esperam melhorias na qualidade de produtos ou serviços com a IA, enquanto 48% acreditam que a IA generativa fortalecerá a confiança com as partes interessadas. Apesar das expectativas positivas, a maioria dos CEOs reconhece a necessidade de capacitação da força de trabalho (69%) e expressa preocupações sobre riscos como cibersegurança (64%), desinformação (52%) e viés (34%).
“À medida que os líderes empresariais estão se tornando menos preocupados com desafios macroeconômicos, eles estão se concentrando mais nas forças disruptivas dentro de suas indústrias”, disse Bob Moritz, presidente global da PwC. “Seja acelerando a implementação da IA generativa ou construindo seus negócios para enfrentar os desafios e oportunidades da transição climática, este é um ano de transformação”.
Expectativas econômicas dos CEOs
Os CEOs estão mais otimistas sobre o crescimento econômico global nos próximos 12 meses, segundo a PwC, com 38% expressando otimismo – um aumento significativo em relação aos 18% do ano anterior. A preocupação com o declínio econômico diminuiu para 45%, enquanto as expectativas de exposição à inflação e volatilidade macroeconômica caíram.
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A pesquisa também indica que 39% dos executivos planejam aumentar o número de funcionários nos próximos 12 meses. No entanto, apesar da trajetória positiva, a confiança é frágil devido a megatendências como a disrupção tecnológica e a transição climática, com 45% dos CEOs expressando dúvidas sobre a viabilidade de seus negócios em uma década.
“Os dados deste ano indicam um alto grau de incerteza entre os CEOs, mas eles estão tomando medidas. Estão transformando seus modelos de negócios, investindo em tecnologia e em suas equipes, e gerenciando os riscos e oportunidades apresentados pela transição climática. Se as empresas quiserem prosperar a curto e longo prazo, construir confiança e proporcionar valor sustentado e de longo prazo, devem acelerar o ritmo de reinvenção”, disse Moritz.
*Com informações da Fortune
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