Brasileiros priorizam desenvolvimento de carreira a salários e benefícios

Segundo estudo da Randstad, brasileiros estão avaliando espaços e marcas empregadoras que ofereçam condições para progredir em suas carreiras

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10:35 am - 27 de maio de 2022

Para a maioria dos profissionais brasileiros, o desenvolvimento de carreira é o fator mais importante na hora de escolher, mudar ou permanecer no mesmo emprego. Segundo o estudo Marca Empregadora, realizado pela Randstad, 75% dos brasileiros valorizam oportunidades onde é possível investir em suas habilidades.

O mesmo aspecto é ainda mais valorizado por mulheres (79%) e por profissionais com 55 anos de idade ou mais (81%), e se sobrepôs, pelo segundo ano consecutivo, ao tópico “salários e benefícios”, que aparece em segundo lugar no ranking geral do Brasil, com 74%, seguido por um “ambiente de trabalho agradável”, com 73%. A pesquisa ouviu, em janeiro deste ano, 163 mil trabalhadores ao redor do mundo, sendo cerca de 3,8 mil só no Brasil.

Segundo o estudo, 64% dos talentos brasileiros buscam por trabalhos que ofereçam treinamentos, aliados com uma gestão forte, critérios que ocuparam, respectivamente, quarta e quinta posição no ranking geral do País.

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“A busca por treinamento está intrinsecamente ligada ao anseio das pessoas por espaços que ofereçam condições para elas se desenvolverem e progredirem em suas carreiras” alerta Diogo Forghieri, diretor de RPO e MSP na Randstad e especialista no estudo Marca Empregadora. “Empresas que promovem capacitação também reduzem o descompasso entre vagas abertas e a falta de profissionais habilitados para ocupá-las. Vivemos uma era de escassez de habilidades, não de pessoas”.

Para Forghieri, os trabalhadores procuram por espaços que investem em seu crescimento, pois assim conseguem permanecer relevantes para um mercado que está constantemente demandando novas habilidades.
O executivo também lembra que a busca por novas habilidades foi reforçada durante o período da pandemia, criando novas tendências e demandas, o que refletiu na relação com a força de trabalho.

“Isso criou um efeito cascata: as companhias elevaram as competências exigidas e, no outro lado, gerou uma escassez. Com isso, o trabalhador começa a refletir e concluir que ‘não basta eu me preocupar só com o meu salário, só com o que me cabe de impacto imediato, porque se eu perder meu emprego, terei mais dificuldade para me recolocar’. Assim, antes de uma remuneração mais atrativa, é um senso de perenidade que move as pessoas”, finaliza Forghieri.

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