4 dicas para evitar a fuga de talentos de TI para o exterior

Vagas para receber em dólar são tentadoras, mas medidas tomadas pelas organizações podem reter os profissionais interessados

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8:19 am - 26 de maio de 2022
desenvolvedores

A fuga de talentos de TI para o exterior tem confrontado as lideranças de tecnologia. De acordo com pesquisa do Datafolha, 56% dos jovens brasileiros com ensino superior gostariam de morar e trabalhar fora do país. Com a possibilidade do trabalho remoto e a remuneração em dólar, trabalhar para empresas internacionais se tornou mais atraente.

Entretanto, na visão de Pedro Luiz Pezoa, CEO da Pointer, startup especializada em indicação de profissionais de alto nível no setor de tecnologia, é possível reverter esse cenário por mais que a competição por esses profissionais seja difícil.

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“É possível reverter a situação com mudanças de comportamento por parte da empresa. A saída para reter esses talentos passa por uma ótima cultura da empresa. Isso é essencial para o bom funcionamento dos negócios, e toda a cadeia produtiva deve se comprometer para que a cultura seja sempre seguida”, explica Pezoa.

O executivo aponta quatro medidas simples para manter os profissionais de tecnologia interessados em manter seus cargos em empresas brasileiras.

Reconhecimento

“Além de repensar a remuneração dos funcionários, o profissional precisa ser reconhecido de outras formas também. Ao ter suas conquistas legitimadas, o sentimento de que está fazendo parte de algo maior na empresa cresce. É importante apresentar feedbacks e estar aberto a receber sugestões dos colaboradores. Assim, é possível criar um ambiente no qual o profissional tenha sua voz ouvida e sinta que suas ideias importam”, indica a startup.

Autonomia

“Dar liberdade para os funcionários trabalharem no modelo que preferirem – home office, híbrido ou presencial – em horários mais confortáveis para eles traz pontos positivos para a relação entre colaborador e empresa. Um exemplo é permitir que o profissional faça outras atividades na empresa (ou fora dela) se seu trabalho diário estiver completo. Além disso, a autonomia para aplicar ideias, projetos e melhorias para o trabalho é fundamental”, sugere Pezoa.

Desafios

“O setor de tecnologia é repleto de inovações e novidades interessantes todos os dias, por isso, manter profissionais desta área ‘dentro de uma caixinha’ é equivocado. Desafie sua equipe, faça rotação de atividades para que ninguém fique sobrecarregado com tarefas repetitivas. Oferecer novas qualificações, como cursos e treinamentos, também é interessante”, aconselha a empresa.

Cultura sem culpa

“Em inglês conhecido como “Blameless”, essa prática empresarial significa reconhecer que toda equipe está entregando o melhor de si, e que se há um erro humano, é consequência de um erro de todo um sistema, e não culpa de alguém específico. A solução para o problema é ir a fundo nas causas e tentar resolver em equipe. As melhores empresas do mundo aplicam o Blameless, reconhecendo que a cultura do negócio precisa ser boa para o desenvolvedor, para o designer e todos os outros profissionais, não apenas para o CEO”, finaliza Pezoa.

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