“Objetivo é construir um Brasil mais conectado”, reforça Ministro das Comunicações sobre papel da tecnologia
Juscelino Filho falou na abertura da Futurecom que pasta tem trabalhado por um Brasil conectado, inclusivo e próspero
Na abertura da Futurecom, feira de telecomunicações que acontece de 8 a 10 de outubro, em São Paulo, o Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, reforçou o compromisso do governo federal em ampliar a conectividade no Brasil, principalmente nas escolas. Segundo ele, a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas já garantiu internet em mais de 31 mil escolas, e a meta é conectar mais 15 mil até 2025.
Filho afirmou que o Brasil está expandindo sua infraestrutura de telecomunicações com a construção de mais de 4 mil quilômetros de fibra óptica e a instalação de novas torres de telefonia móvel. Ele destacou a importância de parcerias com a iniciativa privada para alcançar esses objetivos, ressaltando que, apesar de o Brasil ser considerado um País digital, cerca de 10 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet.
“Nosso objetivo é construir um Brasil mais conectado, inclusivo e próspero, garantindo que a tecnologia seja acessível a todos”, afirmou. Ele apontou que o ministério planeja lançar novas infovias para interligar o Brasil ao Peru e à Colômbia, além de continuar monitorando a qualidade dos serviços de telecomunicações por meio da Blitz da Telefonia Móvel, projeto que visa melhorar a cobertura em todo o País e garantir serviços de mais qualidade.
Juscelino Filho, Ministro das Comunicações
Tecnologia em São Paulo
Presente também na abertura do evento, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, destacou que a tecnologia está cada vez mais ligada à qualidade de vida nas grandes cidades. Com uma população de 12 milhões de habitantes e sendo a maior economia da América Latina, São Paulo tem investido fortemente em soluções tecnológicas nos setores público e privado. Nesse contexto, Nunes frisou a importância de garantir que os avanços cheguem a toda a população, especialmente os mais vulneráveis.
Um exemplo citado por ele foi a distribuição de 506 mil tablets para alunos da rede municipal. “Observamos que 120 mil crianças viviam em áreas sem acesso à internet. Para resolver essa situação, a prefeitura convocou empresas de telecomunicações para instalar 216 antenas, garantindo conectividade a esses estudantes. Hoje, temos 100% de cobertura na cidade, inclusive com 5G”, comemorou o atual prefeito e candidato à reeleição.
Nunes também destacou o projeto dos semáforos inteligentes, que estão sendo instalados no centro expandido da cidade e em breve estarão em mais áreas. Esses semáforos utilizam inteligência artificial (IA) e câmeras para controlar o fluxo de veículos, abrindo ou fechando o semáforo conforme a necessidade. A expectativa é de que o trânsito melhore em até 20%, revelou.
Além disso, ele mencionou o sistema de telemetria dos piscinões e o programa Smart Sampa, com mais de 15 mil câmeras de vigilância, exemplos de como a tecnologia está sendo usada para monitorar e melhorar a segurança pública. “Até o final de 2024, a teremos 20 mil câmeras equipadas com IA para identificar placas de veículos roubados ou furtados”, contabilizou.
Nunes ressaltou que esse modelo tem inspiração em outras grandes cidades, como Buenos Aires, que reduziu drasticamente o número de roubos e furtos com o uso da tecnologia. “Estamos avançando em tecnologia para o bem das pessoas”, afirmou.
Inovação na gestão pública
Felício Ramuth, vice-governador de São Paulo, também falou sobre os avanços tecnológicos no Estado de São Paulo, como o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que já digitalizou mais de 8 milhões de processos, facilitando a gestão pública e gerando mais eficiência. O sistema foi desenvolvido em parceria com o Judiciário e agora está sendo implementado em outros municípios.
Ramuth ressaltou que, embora o Brasil esteja avançando na digitalização, ainda há desafios, especialmente em relação à legislação, que muitas vezes não acompanha a rapidez da tecnologia. Ele defendeu a criação de uma legislação moderna, que permita a implementação de inovações no setor público.
“O novo marco legal de licitações foi um passo importante, mas ainda há muito trabalho a ser feito para integrar tecnologia e gestão pública de forma eficiente”, disse. Ele também citou o exemplo da Estônia, o país mais digitalizado do mundo, como referência de onde o Brasil pode chegar, e que tem uma gestão de dados eficiente, seja na esfera pública ou na privada.
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