Banco Central prevê novos casos de uso para o Pix, incluindo transferências internacionais
Relatório de gestão do Pix foi divulgado pelo Banco Central e trouxe novos dados sobre o uso da plataforma
O Banco Central (BC) publicou nesta segunda-feira (04) um novo relatório no qual descreve funções que deverão ser agregadas ao sistema de pagamentos instantâneos Pix no futuro. Entre os recursos previstos para o futuro estão pagamentos em pedágios, estacionamentos, transporte público e até para transações internacionais.
Os recursos foram descritos no ‘Gestão do Pix‘, que traz também informações sobre o uso da ferramenta de pagamentos entre os anos de 2020 e 2022. Os dados de 2023 não constam no relatório.
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Um dos destaques do relatório é a previsão de novas formas de iniciação de pagamento, inclusive que permitam transações programadas mesmo quando o pagador esteja sem conectividade à internet.
Ainda sobre conectividade, o BC destaca o avanço do 5G no Brasil como algo positivo para o setor de pagamentos nacional. Segundo o órgão, a tecnologia trará “ainda mais oportunidades para o desenvolvimento de processos e de soluções de qualidade para o mercado de pagamentos de varejo”.
O órgão estuda ainda a aplicação de tecnologias alternativas para a realização de transações dentro da plataforma. Isso pode incluir, por exemplo, tecnologia de aproximação com o NFC, ou RFID, bluetooth, biometria e outras.
Pix de R$ 1,2 bilhão
Além das considerações sobre o potencial de expansão do sistema instantânea, o relatório divulgado pelo Banco Central também traz alguns dados sobre o uso da plataforma por brasileiros ao longo dos últimos dois anos.
A maior transação já feita via Pix, por exemplo, foi de R$ 1,2 bilhão. A transação foi realizada em dezembro de 2022, quando as operações médias entre pessoas físicas foi de R$ 257.
Ainda segundo o BC, considerando todas as transações já feitas via Pix, desde o seu lançamento até dezembro de 2022, quase 61% delas foram inferiores a R$ 100. Quando consideradas transações cujos pagadores são apenas pessoas físicas, 93,1% delas estão abaixo de R$ 200.
Segundo a instituição, a ferramenta atingiu R$ 1,2 trilhão em volume de transações em dezembro de 2022. O resultado significa uma alta de 914% em dois anos.
“O Pix teve rápida aceitação pela população brasileira. Tanto a quantidade de transações quanto o volume financeiro cresceram progressivamente desde seu lançamento”, apontou o Banco Central.