Antigo CEO da Uber vende participação para investir no mercado de ‘dark kitchens’
Travis Kalanick deixou posto de conselheiro da ride-hailing e vendeu todas as ações que possuía
Cofundador da Uber e CEO da empresa antes de ser demitido em 2017 por promover uma cultura tóxica, Travis Kalanick passou uma temporada avaliando opções de negócio antes de se decidir pela atual: o setor de dark kitchens, como são chamadas as cozinhas criadas apenas para atender pedidos feitos em apps de entrega.
Nesta semana, Kalanick se desligou definitivamente da companhia que ajudou a criar: o executivo renunciou ao cargo no conselho e vendeu suas últimas ações, a fim de dirigir seus esforços para a CloudKitchens, criada em 2018 e que já captou US$ 400 milhões de dólares via investidores.
Em novembro, ele já havia vendido 20% da sua participação na Uber, porcentagem convertida para US$ 547 milhões, na época. Ao vender o restante, estima-se que Kalanick tenha embolsado uma soma que supera a casa dos US$ 3 bilhões
Enquanto a notícia soa de forma positiva para os investidores da Uber, , já que a imagem do cofundador está associada a uma fase na qual a companhia passou por severas críticas, o investimento do empresário se destaca por apontar um mercado com bastante potencial de crescimento.
A própria Uber vê o serviço de entregas Uber Eats como uma das principais fontes de receita para a empresa no futuro. Atualmente, é o serviço que, percentualmente, mas cresce e gera lucro. E a criação das dark kitchens ajuda expandir a capacidade de atendimento de locais. Aqui no Brasil, iFood e Rappi são exemplos de empresas que possuem esse modelo em alguns dos restaurantes parceiros.
*Com informações da Reuters