Agentes autônomos concentrarão um terço das interações com GenAI até 2028

Gartner elenca setores que serão mais impactados por essas ferramentas, e dá recomendações aos CIOs interessados

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11:30 am - 19 de março de 2024
agentes, IA generativa, gastos, Inteligência Artificial, casos de uso de IA Imagem: Shutterstock

Um terço (33%) das interações com serviços de inteligência artificial generativa (GenAI) utilizarão modelos de ação e agentes autônomos para conclusão de tarefas até 2028. É o que prevê o Gartner, consultoria global especializada no segmento de TI.

Segundo a definição da empresa, agentes autônomos são aqueles que usam sistemas combinados e alcançam objetivos definidos sem intervenção humana. Para isso utilizam técnicas de IA para tomar decisões e gerar resultados, com potencial de aprender com o ambiente e melhorar ao longo do tempo.

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“No futuro, as interações humanas com a tecnologia de GenAI podem evoluir de usuários promovendo grandes modelos de linguagem (LLMs) para usuários interagindo diretamente com agentes autônomos orientados por intenção, o que poderia permitir um maior grau de autonomia e um melhor alinhamento com os objetivos humanos”, diz em comunicado Arun Chandrasekaran, analista e vice-presidente do Gartner.

Segundo o analista, agentes autônomos podem reduzir a intervenção humana necessária para interagir com LLMs, “diminuindo o ônus sobre os profissionais de muitos setores” na medida em que eles passarão menos tempo trabalhando em engenharia avançada de prompts.

Potencial dos agentes autônomos

O Gartner listou alguns setores que serão profundamente impactados pelos agentes autônomos:

  • Saúde: podem ajudar profissionais médicos em diagnóstico de doenças, planejamento de tratamento e cuidados com pacientes;
  • Educação: podem oferecer experiências de aprendizado personalizadas e adaptar métodos de ensino às necessidades dos alunos;
  • Games: podem observar e interagir com jogadores e fornecer experiências mais imersivas e realistas;
  • Seguros: podem lidar com interações com os clientes por meio de voz e texto, ajudando inclusive a evitar reclamações, fraudes, serviços médicos, políticas e sistemas de reparo.

Recomendações para o uso

Segundo Chandrasekaran, agentes autônomos precisam de função objetiva e clara para que possam ser controlados de maneira significativa e gerar valor. O Gartner recomenda que as organizações:

  • Identifiquem casos de uso em que agentes autônomos possam agregar valor ao reduzir esforço ou habilidades humanas necessárias;
  • Construam arquitetura para permitir que os agentes autônomos prosperem, fornecendo integração de ferramentas e acesso a repositórios de conhecimento e a memória de longo prazo;
  • Reconheçam que modelos de ação e agentes autônomos não são um substituto para a engenharia de prompts — o potencial final permanece ligado à qualidade dos prompts que recebem;
  • Equilibrem autonomia e controle por meio de pilotos estendidos e monitoramento rigoroso do agente autônomo.

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Redação

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