Advocacia 4.0: o futuro é agora

A quarta revolução está transformando a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com o mundo. Como lidar?

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2:00 pm - 08 de março de 2020
indústria 4.0

A primeira revolução industrial mobilizou a mecanização da produção usando água e energia a vapor. A segunda revolução industrial, então, introduziu a produção em massa com a ajuda da energia elétrica. A terceira revolução industrial surgiu da mudança de sistemas analógicos e mecânicos para sistemas digitais, resultado direto do enorme desenvolvimento em computadores e tecnologia da informação e comunicação.

O termo “Indústria 4.0” teve origem de um projeto estratégico de alta tecnologia do Governo Alemão, que promove a informatização da manufatura. Indústria 4.0 ou Quarta Revolução Industrial é uma expressão que engloba algumas tecnologias para automação, troca de dados e utiliza conceitos de Sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem.

A quarta revolução está transformando a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com o mundo. O universo jurídico vem vivenciando mudanças com a vasta tecnologia e todos os dias está rompendo barreiras da era 4.0!

Um marco importante dentro poder judiciário foi à transformação dos processos de papel para os sistemas de processos eletrônicos.

Com a base no sistema informatizado do poder judiciário, a inteligência artificial trouxe aos departamentos jurídicos condições do gerenciamento e gestão mais eficiente dos processos, como exemplo, na coleta e armazenamento de informações, no tratamento de dados, acompanhamento de prazos, audiências, elaboração de relatórios, dentre outras infinidades de possibilidades.

A revolução abrange também recursos mais complexos, como inteligência artificial, jurimetria e big data, inovações que estão sendo estudadas e adotadas pelo mundo jurídico.

Os departamentos jurídicos devem estar preparados, com profissionais capacitados para a tecnologia utilizada. Esta tecnologia deve ser aliada para eliminar trabalhos repetitivos, trazer segurança e qualidade nos serviços prestados.

A revolução 4.0 é um convite inegável para que a advocacia se mantenha reinventando, inovando e oferecendo serviços jurídicos de alta qualidade.

Com relação ao advogado 4.0, ele já está inserido no mundo moderno do direito, vê a tecnologia como uma aliada, conhece e utiliza as ferramentas digitais para dinamizar sua atuação profissional, inserindo-a em seu cotidiano, utilizando diversas plataformas tecnológicas para potencializar seu trabalho. Remete muitas de suas atividades jurídico/administrativas para os sistemas informatizados, dedicando-se às tarefas estratégicas e intelectuais.

Para manter-se atualizado sobre as inovações, se atualiza e se capacita no Direito Digital, em novas tecnologias e a automação das atividades, utiliza plataformas jurídicas online, realiza assinaturas digitais, contrata correspondentes jurídicos por meio de sites especializados, participa de reuniões via conferência online, entre outras atividades.

Os escritórios e departamentos jurídicos inseridos na revolução 4.0 investem em tecnologia e softwares jurídicos, seus profissionais são dinâmicos e dispostos a desenvolver competências para trabalhar com as inovações. São modernos, têm facilidade em delegar as máquinas e as tecnologias o que elas podem fazer e concentrar-se nas tarefas estratégicas e na produção de conteúdo que realmente atendam às necessidades dos clientes, direcionando seus esforços a alta qualidade na prestação de serviços.

Nesta revolução, os escritórios e departamentos jurídicos se atentos as novas exigências dos clientes, trabalham com demandas mais elaboradas, se comprometem a realizar atendimentos dinâmicos pelo uso de meios eletrônicos.

Os escritórios e departamento jurídicos que se adequam aos novos tempos digitais estão no rumo correto, assim como os profissionais do direito, que devem aderir à advocacia 4.0, se preparar para as ferramentas e tendências de um novo mercado jurídico.

*Luzia Neves de Azevedo é advogada integrante do escritório Cerveira, Bloch, Goettems, Hansen e Longo Advogados Associados, na posição de Controller Jurídico, pós-graduada em Direito Processual Cível pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pós-graduada em Direito Empresarial pela Escola Superior da Advocacia, pós-graduada em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho pela Escola Paulista de Direito e atuou por mais de seis anos no Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo.

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