Notícias

94% dos brasileiros aceitam cookies de sites automaticamente

A grande maioria dos brasileiros aceita os cookies de sites que visitam sem pestanejar, revelou uma análise feita pela startup especialista em privacidade dos usuários, a Wibson. Segundo o levantamento, 94% dos brasileiros aceitam de maneira automática todos os cookies dos sites que visitam. Somente 1% analisa e personaliza a autorização, enquanto que 5% rejeitam tudo.

Na avaliação da Wibson, aceitar cookies sem personalizá-los tornou-se um hábito, seja pela falta de conhecimento de como um cookie funciona, seja só para “tirar aquela imagem da frente” ou até mesmo pelas pessoas acreditarem que o site não vai funcionar se clicarem na opção de “não aceito” – o que depende para cada site. A análise foi feita com sites que utilizam seu banner de cookies. A empresa avaliou a solicitação de mais de 10 mil pessoas entre Brasil, Europa, Argentina e EUA, a mais de 30 mil empresas.

Leia também: 6 dicas de segurança para evitar ataques contra sites

“O brasileiro ainda está se familiarizando e se habituando ao uso de dados, compreendendo a sua importância e conhecendo seus direitos. Assim como aconteceu na Europa, o surgimento de uma Lei que protege os dados, tem incentivado os usuários a procurarem por mais informações sobre esse tema e sobre como ter mais controle daquilo que lhes pertence”, destaca Rodrigo Irarrazaval, CEO da Wibson.

Irarrazaval lembra que dados pessoais que estão sob domínio de uma empresa, como nome, sobrenome, e-mail e interesses, podem e devem ser deletados. Na teoria, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) as pessoas podem pedir a exclusão de seus dados e a empresa tem 15 dias para cumprir com essa solicitação.

No entanto, o executivo salienta que nem todas as empresas fazem o que a pessoa solicita. No mundo, somente 59% das companhias analisam estes pedidos chamados de DSR (data subject request, ou, em português, solicitação do titular dos dados).

Segundo a Wibson, apenas 37,5% das empresas da América Latina apagam, atualizam ou retificam os dados de quem as pede. Enquanto na Europa e Estados Unidos essa taxa é de quase 80%.

“Acredito que isso se deva muito ao fato de que na Europa a Lei de Proteção de Dados (GDPR) existe desde 2018. Então, a cultura de segurança de dados está mais enraizada na sociedade. As pessoas sabem que podem solicitar seus dados e cobram isso das empresas. Somado a isso, multas já foram aplicadas, o que reverbera no cumprimento da lei por parte das empresas”, explica Irarrazaval.

 

Recent Posts

Cristina Cestari: ‘É difícil ter uma área de inovação bem-sucedida em empresas que têm carga da cultura do erro’

Uma CIO da indústria automobilística e um CIO da área de saúde se reúnem em…

14 horas ago

NETmundial+10 termina defendendo multissetorialismo de governança digital

Durante o NETmundial+10, evento global que aprofunda discussões sobre a governança do mundo digital organizado…

15 horas ago

“As questões ambientais e sociais devem permear todas as decisões da empresa”, diz Malu Paiva, da Vale

A sustentabilidade deve estar presente em todas as áreas. Essa foi a fala de abertura…

15 horas ago

Para 70% dos brasileiros, aquecimento global pode ser ‘problema maior’

Um estudo da VisualGPS, plataforma de pesquisa da Getty Images, descobriu que três em cada…

17 horas ago

Itaú Unibanco adota solução para combater golpe da falsa central telefônica

O Itaú Unibanco anunciou a implementação de uma funcionalidade projetada para interromper chamadas de falsa…

18 horas ago

Como pedir budget de TI em empresas nacionais e globais?

Mais da metade (55%) dos líderes de TI classificam sua hierarquia na empresa como equivalente…

18 horas ago