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Cristina Cestari: ‘É difícil ter uma área de inovação bem-sucedida em empresas que têm carga da cultura do erro’

Uma CIO da indústria automobilística e um CIO da área de saúde se reúnem em uma sala para discutir sobre inovação. Essa foi a proposta do painel “Inovação com foco não só em resultados, mas em impacto nas pessoas”, no IT Forum Trancoso 2024.

A abertura da conversa foi feita por Bruna Bomfim, gerente de Inteligência & Estudos do IT Forum, que dividiu com o público alguns dos resultados da pesquisa “Antes da TI, a Estratégia”. Entre eles, o dado que revela que 55% dos CIOs dizem que o processo de gestão a inovação de sua empresa é maduro, estruturado e amplamente difundido na organização, e possui métricas determinadas para medir os resultados.

Além disso, 79% dizem que existem profissionais dedicados exclusivamente à inovação dentro da empresa e 81% afirmam ter um time de desenvolvimento interno dedicado à inovação.

Entretanto, para Cristina Cestari, CIO da Volkswagen, ainda que se fale muito da área de TI como protagonista, se a inovação não tiver no DNA e na cultura da empresa, fica muito difícil inovar. Nesses casos, áreas de inovação podem ser vistas por outras áreas como quem planeja muito, tem muitas ideias, mas nem sempre as executa.

Leia mais: Executivos discutem estratégias para impulsionar a Indústria 4.0 durante o IT Forum Trancoso

“É muito difícil ter uma área de inovação muito bem-sucedida em empresas que ainda têm muita carga da cultura do erro, as empresas mais tradicionais”, salienta Cristina.

Ailton Brandão, CIO do Hospital Sírio-Libanês, conta que o processo de inovação é mais complexo em um hospital – já que o erro não pode existir. Mas frisa que não há nada mais transformador do que implementar de maneira profunda as práticas ágeis.

Ailton Brandão, CIO do Hospital Sírio-Libanês (Imagem: IT Forum/ Playpbrasil)

“Quando você consegue fazer um bom treinamento, colocar as regras, e as pessoas abraçam e conseguem mudar sua forma de trabalho, os projetos dão mais certo. E, nos projetos que dão certo, você não consegue dizer quem é a pessoa de TI e a pessoa de negócio”, afirma ele.

Cristina salienta que todo o mundo está em crescimento exponencial de tecnologia e que seu maior desafio, como líder de TI, é fazer a ponte entre gerações. “Ser a ponte dessa transformação. Porque a gente tem que ter a habilidade de fazer a conexão entre uma liderança tradicional e uma geração nova que vai levar a inovação e uma forma de trabalhar diferente.”

Ser essa ponte é uma oportunidade de ser, também, um time mais diverso. De acordo com Brandão, a diversidade é um tempero bastante importante. Isso vale para questão racial, orientação sexual e diversidade etária. “Misturar pessoas em times causa um efeito muito forte e importante”, comenta.

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