7 considerações de infraestrutura para a Black Friday

CTO da Plusoft dá dicas para não perder oportunidades em uma das datas mais aquecidas do ano para o varejo

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10:17 am - 23 de novembro de 2021
e-commerce, varejo

A Black Friday é uma das datas mais importantes para o varejo. Mas para que uma empresa do setor esteja devidamente preparada para suportar todo o movimento desse dia, é preciso contar com uma boa infraestrutura tecnológica. É importante preparar servidores, provedores de nuvem e todos os recursos disponíveis para que o grande número de acessos e a alta demanda de compradores não atrapalhem ou prejudiquem a empresa.

Como a data se aproxima, o CTO da Plusoft e general manager da Plusoft Portugal, Hermes Neto, fez uma lista do que é importante considerar para promover uma boa performance para um site utilizando as tecnologias certas considerando o volume elevado de tráfego de dados.

1. Dimensionar recursos

É importante dimensionar a infraestrutura juntamente com o provedor de cloud para ter recursos computacionais disponíveis para esse momento de expansão rápida dos números de acesso. É preciso, então, acionar o provedor para que sejam reservados espaços para esse crescimento.

Por isso, se faz necessário entender junto com a empresa de cloud se há recursos disponíveis e como é possível ajustar a capacidade do provedor para essa alta escala que surgirá durante esse período de grandes números de vendas. Assim, caso tenha necessidade de expandir, o provedor estará preparado.

2. Arquitetura de software

Outro ponto crucial nesse preparo para a Black Friday é ter uma arquitetura de software robusta que possua suporte para escala horizontal. Ou seja, acontece o crescimento computacional na inclusão de novas instâncias do produto, não somente no crescimento vertical em termos de hardware, processador e memória, mas também no número de máquinas que atendem a operação.

“A escala horizontal tem uma efetividade melhor, é mais eficiente e tem uma eficácia maior para lidar com as questões de alto volume como é o caso da que sempre acontece na Black Friday”, explica Hermes Neto.

A arquitetura tanto do produto, quanto da aplicação, precisa suportar esse crescimento horizontal e essa alta da demanda, não só na Black Friday, mas em outros picos de acessos também.

3. Conhecer o comportamento da aplicação

Para um bom desempenho, conhecer muito bem o comportamento da aplicação é essencial para saber exatamente qual é a sua capacidade de atendimento em cima do volume de carga.

É recomendado fazer testes de carga antecipados, utilizando as ferramentas adequadas, para que seja possível dimensionar previamente a infraestrutura necessária para atender a demanda esperada no período da Black Friday.

Esse é um hábito que deve se tornar rotineiro: traçar estratégias que testam essas aplicações para que sejam compreendidos os seus comportamentos e a melhor forma de escalar conforme a demanda for chegando. 

4. Preparar o time de monitoria

Estar com um time de monitoria bem-preparado e com as ferramentas ajustadas tanto para monitorar as questões de hardware, como as questões de negócios, integrações e acessos ao banco de dados é outro ponto chave.

Esse time fica responsável por analisar se as integrações que essas aplicações fazem estão performando bem, se os bancos de dados estão respondendo no tempo aceitável, auxiliando na resolução de forma proativa e não permitir que a infraestrutura fique degradada.

No caso da Black Friday, a equipe de monitoria precisa estar a postos para encontrar os picos de acessos para que seja possível antecipar a tomada de ações de crescimento da infraestrutura.

5. Gestão de capacidade

É imprescindível verificar de forma antecipada a disponibilidade de espaço em disco nas infraestruturas de banco de dados, evitando assim, a necessidade de acelerar o processo de expansão do armazenamento durante os picos de utilização, frustrando os clientes com indisponibilidades momentâneas e prejudicando as vendas.

A verificação antecipada, por meio dos testes de estresse, possibilita que a experiência do cliente seja fluída e positiva, pois o planejamento garante que o disco terá espaço o suficiente para crescer de acordo com a evolução dos acessos.

6. Prevenção contra-ataques

O período da Black Friday torna as empresas e seus sites grandes alvos de ataques. Isso porque, esse é um período que se torna mais propenso a esses acontecimentos e na queda dos sistemas das companhias. 

Portanto, ter ferramentas como WAF ativas, bloqueando o acesso indevido e evitando ataques de força bruta, a tentativa de derrubar o domínio, e outros tipos de ataques que podem prejudicar a performance da aplicação, traz mais segurança e estabilidade para a equipe de infraestrutura.

7. Utilização de tecnologias automatizadas

É interessante para as empresas aderirem ao uso de tecnologias como Kubernetes e Openshift por exemplo, pois elas facilitam a gestão da infraestrutura, possibilitando a elasticidade automática dos serviços conforme o pico de utilização acontece.

Essas tecnologias são configuradas para que entendam de forma automatizada o momento certo de expandir a aplicação na escala horizontal, de acordo com a quantidade de acessos e utilização do hardware que são contabilizados. 

Auxiliando na elasticidade da aplicação, quando a tecnologia entende que são realizados muitos acessos, ela escala, e quando os acessos diminuem, ela volta para a capacidade normal, promovendo, assim, a redução de custos na utilização do hardware.

“É possível definir o número mínimos e máximos de utilização, como de CPUs, e a própria infraestrutura reage quando passa do valor determinado, criando uma nova instância da aplicação de forma horizontal para servir os novos usuários que estão entrando”, explica Hermes.

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