Apenas 5% dos brasileiros têm certeza de que sua identidade já foi roubada
46% dos consumidores preferem usar impressão digital contra fraudes
Apenas 5%, ou 8 milhões de brasileiros, já foram vítimas de roubo de identidade e fraude, um crescimento de 1,2%. Outros 19% afirmam que “provavelmente” (9%) ou “que seja possível” (10%) terem caído nesse tipo de golpe. Fraudes envolvendo o uso da identidade para abertura de uma conta por um golpista é a que mais desperta apreensão entre os brasileiros (34%). Esses são alguns dos dados da pesquisa “Fraude, identidade e banco digital”, realizada pela FICO em novembro de 2023 com 1.000 respondentes.
De acordo com Luis Silvestre, consultor de negócios da FICO, a pesquisa também demonstra que 46% dos respondentes têm uma forte preferência pelo uso de impressões digitais e 61% classificam a segurança deste método como excelente.
“Outro aspecto extremamente importante são as preocupações dos consumidores. Dentro de um hall de possibilidades de ser vítimas de fraudes, o que mais surgiu como preocupação do brasileiro é um golpista usar a identidade para abrir uma conta. E em seguida, ser enganado por um golpista e enviar o dinheiro”, comenta o especialista.
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Além disso, a boa proteção contra fraudes aparece como terceiro item de maior importância para os consumidores em relação às empresas, ultrapassando a facilidade de uso. “Para 77% das pessoas, a preocupação de ter a identidade usada para a abertura de uma conta está entre as top três preocupações”, adverte Silvestre.
De acordo com a pesquisa, 57% dos respondentes dizem que são mais propensos a abrir uma conta financeira digitalmente do que há um ano. Eles esperam que o processo seja rápido: 65% esperam gastar menos de 30 minutos na abertura de uma conta bancária pessoal. Se a verificação de identidade for complicada ou demorada demais, os clientes desistirão da solicitação. Comparado ao ano passado, houve um leve aumento na porcentagem de pessoas que abandonaram a abertura de conta em decorrência complicações na verificação de identidade.
“As pessoas percebem que aumentou o nível de controles e processos de segurança para se fazer uma compra online (62%) ou para se acessar um serviço financeiro (59%). Entretanto, verificações de identidade muito difíceis ou demoradas fazem com que os clientes interrompam ou reduzam o uso das contas”, pondera o consultor.
Para aprimorar a experiência do cliente mantendo a segurança, existem diversas formas que uma empresa pode se utilizar para ter uma experiência com autenticações diferentes. “Não existe um método que sirva para todos. Não pode ser tudo via senha, mensagem ou autenticação facial. Cada cliente tem uma preferência e não tem uma solução ‘matadora’ e usada por todos. [A companhia tem que] entender o risco de uma operação com a preferência do cliente e trabalhar de forma dinâmica”, comenta Silvestre.
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