HPE e Juniper acreditam que fusão é ‘melhor dos dois mundos’

CEOs de ambas as empresas deram comunicado à imprensa sobre negociação

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1:18 pm - 11 de janeiro de 2024
Antonio Neri, CEO da HPE, e Rami Rahim, CEO da Juniper Networks Antonio Neri, CEO da HPE, e Rami Rahim, CEO da Juniper Networks

A Hewlett Packard Enterprise (HPE) anunciou ontem a compra da Juniper Networks, empresa de TI e fabricante de produtos de rede. Em anúncio para a imprensa, Antonio Neri, CEO da HPE, e Rami Rahim, CEO da Juniper Networks, deram detalhes sobre os próximos passos da negociação.

“Nós temos que colaborar com os reguladores para garantir que faremos o máximo para acelerar o fechamento da transação. Esse é um processo muito padrão e nosso objetivo é fechar essa transação o mais rápido possível. Ambas as empresas devem manter o foco nos respectivos clientes e planos. Portanto, todo o time do Rami tem uma função a cumprir, continuar administrando a Juniper até o fechamento e o mesmo a minha equipe”, diz Neri.

Sobre as possíveis sobreposições de desenvolvimento das companhias, Rahim afirma que a oportunidade de combinar o ‘melhor dos dois mundos’, ou seja, os recursos de silício da Juniper e da HPE, pode ser ‘incrivelmente poderoso’.

“Há literalmente zero sobreposição em termos do tipo de silício que estamos desenvolvendo. Mas há 100% de complementaridade em termos da capacidade de abordar todas as diferentes camadas de rede com recursos de silício, que se tornou essencial para alcançar o desempenho e a eficiência energética”, frisa o CEO da Juniper.

Para o executivo, as combinações das empresas permitirão abordar mais casos de uso de clientes e, com o tempo, será possível combinar portfólios de maneira cuidadosa e integrada para os clientes em um único roteiro.

“As primeiras oportunidades de venda cruzada aumentam a venda de todo o portfólio. Nós temos uma presença muito maior fora dos Estados Unidos, e, obviamente, isso dará uma oportunidade para a equipe da Juniper abordar essa base instalada com coisas que a rede HPE fará. Então, com o tempo, vamos trazer novamente o melhor dos dois mundos para fornecer uma arquitetura verdadeiramente moderna baseada em IA em grande escala”, complementa Neri.

Outro ponto bastante explorado foi o 5G. “As pessoas ficaram receosas no passado de que as redes privativas fossem um substituto do Wi-Fi. Não é nada disso. O que temos visto são clientes que querem combinar as duas tecnologias, Wi-Fi e redes privativas de quinta geração”, comenta o CEO da Juniper. “E o ponto principal aqui é: a estratégia (em redes) precisa ser nativa e operacional em inteligência artificial para conectar e orquestrar facilmente as redes 5G e Wi-Fi.”

Neri concorda ao dizer que o 5G e Wi-Fi são complementares e o cliente pode ter um ambiente de alta densidade de rede que talvez se adapte melhor ao 5G privativo, como um armazém de distribuição. Porém, em um escritório, o Wi-Fi é mais eficiente. “E conseguimos melhorar com tecnologias baseadas em IA para entregar a melhor experiência, com segurança, em qualquer lugar que o cliente estiver”, finaliza.

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Laura Martins

Editora do IT Forum. Jornalista com mais de dez anos de atuação na cobertura de tecnologia. É a quarta jornalista de tecnologia mais admirada no Brasil, pelo prêmio “Os +Admirados da Imprensa de Tecnologia 2022” e tem a experiência de contribuições para o The Verge.

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