Web Summit Rio: diretor da Nvidia revela os 5 pilares que sustentam o sucesso da empresa

Assim como foi na SXSW – e como será em todos os outros eventos de tecnologia do ano – a Nvidia é uma das empresas que mais se destacaram no Web Summit Rio. Afinal, todo mundo quer saber quais são os planos da empresa que no último ano se tornou a 3ª mais valiosa do mundo e é responsável por cerca de 70% dos chips que alimentam todo o mercado de IA no mundo. E quem encontramos nos palcos por aqui foi justamente Márcio Aguiar, diretor executivo de Vendas Corporativas para América Latina na Nvidia e que já conversou comigo sobre os planos da empresa pro Innovation Hub.

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Na palestra que ele trouxe para o Web Summit Rio, Márcio falou sobre a estratégia da empresa no mercado de IA, e como ela planeja tornar esta tecnologia mais acessível para todos. No geral, o executivo trouxe para a conversa 5 “pilares” que permitiram não apenas a Nvidia chegar onde está hoje, mas que ele considera fundamental para que ela se mantenha no topo.

Pilar 1: Inovação

A Nvidia hoje está na liderança do mercado de chips para IA, mas isto não foi algo que aconteceu da noite para o dia. Aguiar relembra que desde 2010 a empresa está nesse corrida, e a liderança que ela tem hoje é resultado direto de uma cultura de inovação que se construiu ali dentro. Esta inovação não está apenas no desenvolvimento de tecnologias superiores, mas também na forma como vende seus produtos, nos tipos de negócios que ela fecha e até mesmo em como todas essas estratégias são gerenciadas. Hoje, a Nvidia não lidera apenas por ter a melhor tecnologia, mas por ter inovado na forma de convencer seus clientes como a tecnologia dela pode solucionar os problemas que eles enfrentam.

Pilar 2: Expansão

Ser a líder do setor não é o suficiente: é preciso também estar sempre expandindo a atuação no mercado. Ainda que um dos maiores desafios da Nvidia esteja justamente nessa expansão – e o próprio Aguiar confirmou durante a palestra que tem sido quase impossível para a empresa acompanhar o crescimento da demanda do mercado por chips – a companhia tem se dedicado a construir um ecossistema que abrange indústrias dos mais diferentes setores. Atualmente, a maior ênfase está na plataforma Omniverse e em iniciativas ao lado de biofarmacêuticas, mas o futuro da Nvidia é um que pretende levar o poder da IA para todos os setores da indústria.

Pilar 3: Democratização

E este ecossistema diverso que a Nvidia quer criar só é possível com a democratização da tecnologia de IA – por isso, esta democratização é um dos pilares da empresa hoje. Márcio enfatizou durante a sua fala que, hoje, com os parceiros de nuvem da Nvidia, qualquer empresa pode criar projetos avançadíssimos de IA que custam apenas $5 por hora – um valor muito baixo para ter acesso às soluções tecnológicas mais avançadas do mundo.

Pilar 4: Colaboração

Ainda que Aguiar tenha abordado a questão da pressão de concorrentes (como a Intel) neste mercado, ele aproveitou para enfatizar que a visão da Nvidia não é de competição, mas de colaboração. A filosofia da empresa é de que, ao invés de disputar a tapa quem terá “o melhor chip de IA”, as empresas do setor deveriam colocar os consumidores em primeiro lugar, e trabalhar juntas para resolver os problemas que essas pessoas e empresas enfrentam.

Pilar 5: Parcerias

Claro, se a Nvidia quer expandir o mercado de forma democrática e colaborativa, não seria possível fazer isso sem parcerias. E é neste ponto que Aguiar aponta um ponto bem interessante das ferramentas da Nvidia: elas são compatíveis com todas as plataformas de qualquer um dos parceiros da empresa. O executivo afirma que quem desenvolve produtos de IA precisa fazer isso num formato multicloud, e é esta filosofia de desenvolvimento que torna todas as soluções da empresa compatíveis em praticamente qualquer ambiente de nuvem.

Mercado global, talento local

Além de explicar os cinco pilares de sucesso da empresa, Aguiar ainda reafirmou o compromisso da Nvidia em fomentar uma expansão global da tecnologia de IA mas, ao mesmo tempo, tirando proveito dos talentos locais que existem ao redor do mundo. Este uso do talento local traz a diversificação de culturas e abordagens que as IA precisam para se tornarem cada vez mais complexas e evoluídas, e é justamente por isso que a empresa tem “atacado” alguns mercados que normalmente não são vistos como o “berço” da alta tecnologia.

Um desses exemplos é a própria América Latina, onde a Nvidia tem desenvolvido diversos programas de parcerias com indústrias da região para a implantação de soluções de IA nos seus processos – e que já tem rendido bons resultados.

No final, o ponto da palestra de Márcio Aguiar ficou bem claro: mostrar que a Nvidia não apenas é líder do mercado por ter se mantido na vanguarda da revolução das IA, mas que ela está preparada para continuar inovando e não sair tão cedo dessa posição de liderança. E, de minha parte, eu acho muito legal ver que uma empresa com esta visão de futuro está olhando tanto aqui pra nossa região e não foca apenas em EUA, Ásia e Europa – algo que é bastante comum no mercado de tecnologia.

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