5 recomendações para realizar os seus objetivos em 2017

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7:07 am - 24 de janeiro de 2017

Não é só de planejamento que vivem um líder e uma empresa, embora ele seja indispensável. Posso dizer isso com segurança depois de 40 anos vivendo o sonho e a realização de empreender – eu tinha oito anos quando criei meu primeiro “negócio”, em um ferro-velho. A experiência e a intuição fazem você perceber que o sucesso é resultado de entendimentos profundos sobre si mesmo e os outros. Então, quis começar 2017 compartilhando o que, talvez, ajude outros empreendedores a encontrarem o seu caminho.

  1. Tome uma decisão: você quer o curto ou o longo prazo?

A primeira coisa a se entender é que há duas formas completamente distintas de pensar um ano de realizações. Por isso, a sua visão sobre o que deseja para o negócio deve ser clara: você busca resultados de curto ou de longo prazo?

Se o bom desempenho econômico no ano é vital para a companhia e se o seu futuro empresarial depende disso, extraia o máximo potencial dos recursos que você tem – humanos, financeiros e de portfólio. Faça isso com transparência e responsabilidade, sempre. Mas, se você tem em vista a mudança e a melhora dos resultados no longo prazo, considere que isso significa, muito provavelmente, reduzir as expectativas e os números de 2017. Mudanças, sejam elas de estratégia, portfólio ou time, não trazem resultados de curto prazo.

  1. Não tente ir sozinho, o resultado virá pelas pessoas

A partir do momento em que você sabe o que quer, é hora de voltar-se ao seu time. Questione-se: são essas as pessoas que irão ajudar a companhia a seguir em frente pelo caminho escolhido, especialmente em um plano de longo prazo? De quais perfis e competências eu preciso?

Pessoas que mostram desempenho mediano devem ser sinceramente questionadas. Às vezes, você vai descobrir que algumas só precisam de novos desafios. Mas, se perceber que não é possível desenvolvê-las, elas devem ser substituídas. Então, tem início um processo de mudança, e isso é muito difícil. Reestruturar um time e fazer com que entenda a cultura da empresa é uma jornada de, no mínimo, três anos. Se conseguir em dois anos, terá sido um feito incrível.

  1. Encontre o seu estilo de liderança

Como líder, tenho uma grande preocupação de desenvolver o ser humano, de encontrar nas pessoas as suas maiores qualidades, de ajudar a evidenciar e fortificar essas habilidades. Acreditar no outro significa, muitas vezes, ofertar a crença que elas não têm sobre si mesmas. E esse é o meu estilo de liderar.

Você, líder, é vetor do resultado. O sucesso depende da sua capacidade de guiar o time, de valorizar as pessoas e de fazê-las confiar naquilo que têm de melhor. Mas cada um tem o seu estilo. Há líderes que dão resultados por sua eficiência em motivar a máxima capacidade da equipe; outros são grandes professores e orientadores; e também há aqueles capazes de criar foco e disciplina.

Se você ainda não sabe que tipo de líder é, pode começar a pensar naquele que deseja ser.

  1. Se quer mudanças profundas, envolva-se

Durante algum tempo, em uma história recente, mantive 17 gestores trabalhando diretamente comigo. Para buscar resultados de longo prazo, precisávamos de uma mudança radical em termos de pessoas e produtos, e essa escolha me levou a mergulhar no dia a dia e na microgestão. Aqui, vou quebrar o protocolo do “é preciso delegar” e, talvez, chatear alguns especialistas, mas mudanças de estratégias de negócio exigem do principal executivo da empresa uma presença ativa.

Quando você parte para um processo profundo de mudança e sabe aonde quer chegar, serão três anos, no mínimo, de mão na massa e preparo do novo time. O CEO, especialmente em pequenas e médias empresas, precisa descer até a operação, pois está atravessando um momento de reestruturação. Não tem jeito: qualquer mudança que tentar realizar de outra maneira será superficial. Claro que essa é uma fase, até que a equipe esteja preparada e você possa abrir espaço novamente para ela voar.

  1. Peça, todas as noites, para amanhecer confiante

Todos os dias, antes de dormir, eu me ajoelho e peço confiança. Minha conexão comigo mesmo e com o meu Deus é essa: o compromisso de acreditar no meu trabalho, nas minhas capacidades. Peço que eu não seja arrogante, mas também que não seja ingênuo. Que tenha firmeza em minhas decisões, mas que também saiba ouvir.

Um líder precisa estar seguro de sua capacidade, de que conhece seu contexto, de que montou uma boa estratégia e de que tem um grande time ao seu lado. Por isso, meu último conselho é que você pense, antes de dormir, em amanhecer com energia, lucidez e vontade de trabalhar. Que amanheça com confiança. Por mais que o dia tenha sido difícil.

Não é possível construir relações de confiança com as pessoas quando não confiamos em nós mesmos. E somos autoconfiantes quando lembramos de pedir – pra dentro de nós, pra Deus, para o universo ou o que seja – um pouco de fé.

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